O prédio da CDA (Coordenadoria de Defesa Agropecuária), no conjunto da CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) passou a se chamar Victor André de Argollo Ferrão Netto.

A homenagem ao engenheiro agrônomo Victor Argollo, pela história que ele construiu na agricultura paulista, contou com a presença da família e dos amigos. Participaram do evento a Secretária de Agricultura e Abastecimento, Mônika Bergamaschi, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, deputado Barros Munhoz, o coordenador da CDA, Heinz Otto Helwig, o coordenador da CATI, José Carlos Rossetti e o coordenador da APTA, Orlando Melo de Castro.

Um dos autores da idéia, Antonio do Amaral Melo, foi o primeiro a falar. Depois o filho de Victor, o engenheiro André Munhoz de Argollo Ferrão. Dona Maria Isabel Munhoz de Argollo Ferrão, esposa do homenageado recebeu flores. Os filhos e os netos acompanharam a cerimônia das primeiras filas do auditório, emocionados.

A denominação do edifício foi oficializada pela lei 14.576, de 4 de outubro de 2011. A placa com o nome do engenheiro na entrada no prédio foi descerrada pelas autoridades presentes.

Victor André de Argollo Ferrão Netto se formou na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo, em Piracicaba, em 1962. Foi o primeiro engenheiro agrônomo regional da Casa da Lavoura (atual Casa da Agricultura) de Oriente, em São Paulo. No começo dos anos 70, após ter ingressado novamente na Secretaria de Agricultura e Abastecimento Rural, no Departamento de Orientação Técnica da Coordenadoria de Assistência Integral, fez carreira nessa organização até ter sido coordenador por duas vezes, entre os anos de 1979 a 1982 e no ano de 1991. Durante o período mencionado, Victor fez curso de pós-graduação em Planejamento Econômico no DEPES da Universidade Estadual de Campinas e de Especialização na área de Administração da Pequena e Média Empresa na JICA, em Nagoya, Japão. Em meados da década de 80, através de um convênio assinado entre a Secretaria de Agricultura e a Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo, Argollo elaborou e executou um programa de criação de Cooperativas e Crédito Rural no Estado de São Paulo. Victor foi co-autor e executor de diversos programas agrícolas importantes, como: o programa de Renovação da Cafeicultura Paulista e o Programa de Desenvolvimento Florestal.

Foi eleito presidente da Associação dos Assistentes Agropecuários do Estado de São Paulo (AGROESP), no biênio 2004/2006, tendo sido seu presidente e co-editor dos anais referentes aos 1º, 2º e 3º Congresso Brasileiro de Assistência Técnica e Extensão Rural, promovidos por essa entidade, e autor de vários trabalhos apresentados nos mencionados eventos. Em 2007, publicou o livro “Agricultura em processo: o papel estratégico do serviço de assistência técnica aos agricultores”, obra primeira e única a apresentar o negócio agrícola e suas dependências científicas, tecnológicas, econômicas, políticas e culturais, enfocando os papéis das instituições públicas e privadas por meio dos conceitos de pessoas e sistemas.

Para o deputado Barros Munhoz, convidado especial do evento, a homenagem a Victor é numa homenagem aos agrônomos e à agricultura, pois era um defensor intransigente da importância da atividade agrícola, do processo de desenvolvimento da construção do nosso país e é uma homenagem aos servidores da secretaria da agricultura. Mas é também uma homenagem à amizade: “O Victor granjeou amigos ao longo da sua vida e eu tenho a honra de ter o meu nome incluído dentre os nomes de tanta gente que pode dizer, com muito orgulho, que foi amigo de Victor Argollo.”

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