A Alta Corte Constitucional do Egito anulou hoje (11) o decreto do presidente eleito, Mohamed Morsi, que restabeleceu o Parlamento do país no início da semana. O Legislativo egípcio foi dissolvido pelos militares no mês de junho sob alegação de que seria preciso convocar eleições para a escolha de novos membros.
A atual configuração do Parlamento, eleita em novembro, é formada por maioria da Irmandade Muçulmana, partido do presidente Mohamed Morsi.
Morsi decretou que o Legislativo deveria se reunir ontem (10) e continuar as atividades até que uma nova eleição legislativa ocorra.
Depois da queda do ex-presidente Hosni Moubarak, o Conselho Supremo das Forças Armadas ficou encarregado de controlar o país até que fossem realizadas eleições no país para escolha do novo presidente. Dias antes da eleição, os militares emitiram uma emenda constitucional na qual o novo presidente não teria poderes sobre o Exército, a política externa e a defesa.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que deve se reunir com Morsi neste final de semana, pediu que o diálogo seja aberto entre as partes envolvidas na crise no país. O ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, disse confiar em uma solução para o impasse no Egito.
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