A cidade tem espírito jovem, é viva, cultural, sede do Comite Olímpico International (COI) e tem muito sobe e desce. E se você fica ofegante de andar em Itapira, é porque ainda não visitou Lausanne. Mesmo assim, todo o centro deve ser visitado a pé, no seu ritmo, parando aqui e ali para descobrir uma loja ou um café local.
Da estação de metrô Bessiéres comece a subir em direção a Catedral Notre-Dame ou apenas Cathèdrale. A subida é íngrime, então a dica é se abastecer com um bom café e croissant no P’tit Bar (Pont-Bessiéres, 1). Como o nome já diz, o lugar é pequeno, mas muito simpático.
A Catedral gótica, está bem no topo do morro e demorou um pouquinho para ser concluída, mais de 100 anos – de 1150 a 1275. Como muitas catedrais, vale a pena ser visitada.
Subindo mais um pouco, vai passar pelo Chateau St. Marie, uma construção que mais parece um castelo no meio da cidade. Foi originalmente um Palácio de Bispo e hoje é onde funciona o Conselho do Estado.
Hora de começar a descer em direção a Place de la Palud. Um emaranhado de ruas para pedestres, cheio de lojas, arquitetura Renascentista, flores nas janelas, e que no meio tem uma fonte com estátua que representa justiça.
O melhor caminho para descer é tomar as Escaliers du Marchè, ou 160 degraus do século 13 e apreciar a arquitetura local enquanto toma fôlego. Mas aproveite que para descer todo santo ajuda.
É normal ficar um pouco perdido no meio do comércio local e nem sentir o tempo passar. São muitos lugares diferentes, inspiradores e minha dica são as lojas locais. Uma delas, chamada 5 o’clock Gallery (Rue Mercerie, 1) é apaixonante. A dona é uma simpática Suiça que faz questão de explicar como tudo é feito. Estilo alternativo, tudo é reciclado e feito a mão por artistas locais. A loja também oferece cursos que ensinam como reciclar roupas velhas e o resultado impressiona. O cartão de visitas é uma sachè de chá, o que explica o nome do local e convida para um 5 o’clock tea, ou chá das 5.
Se já cansou, pegue o metrô até a estação Ouchy, em direção ao Lac Léman (Lago Leman). Ouchy (se pronuncia Uchí) já foi um pequeno porto de pescadores e hoje é um importante ponto ao longo do lago, com hotéis luxuosos, cafés e restaurantes e uma vista magnífica das montanhas. Um passeio delicioso é caminhar contornando o lago, comprar um crepe de queijo Gruyère e sentar no Parc Du Denantou para comer. Aproveite para fotografar o imponente Pavillon Thaïlandais – um presente de um rei da Thailândia que viveu e estudou em Lausanne.
Quando chegar o fim da tarde, um programa gostoso é sentar sob os arcos do bar LES ARCHES (Place de L’Europe). O lugar é agitado, as mesas são concorridas e só funciona 3 meses por ano. Vale a pena um Happy Hour.
Se ainda sobrou disposição, à noite sugiro o Bar-Café- Restaurante Ètoile Blanche (Place Benjamin-Constant, 1005). Um lugar de pouca luz, decorado com anúncios publicitários antigos, bons aperitivos e gente bonita.
Lausanne literalmente tira o fôlego de quem visita, não só pelo sobe e desce, mas pela energia contagiante da cidade.
Dica da Nat: Conheça um museu muito inusitado – Collection de l’Art Brut (Avenue des Bergières, 11). O museu é inteiramente dedicado à “artistas marginais”: pacientes de manicômios, presos, marginalizados socialmente e solitários crônicos que pintaram, esculpiram e costuraram, não para se tornarem famosos, mas porque encontraram na arte um forma de alívio para o que sentiam. Ao lado de cada peça tem a tocante história de cada artista. Inaugurado em 1976, o museu nasceu graças ao pintor Francês Jean Dubuffet , que doou toda sua coleção de Art Brut (arte bruta) para a cidade de Lausanne.
Até a próxima!
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