A Leishmaniose visceral matou o maquinista aposentado Francelino José Alves, 75 anos. Ele morreu no final da tarde de domingo, na Santa Casa de Votuporanga, depois de ficar cinco dias internado. A cidade vive uma epidemia da doença.
Declaração de óbito emitida pelo hospital mostra também como causas da morte insuficiência respiratória, hemorragia pulmonar, insuficiência renal aguda e hipertensão. Mas, de acordo com a instituição, Leishmaniose visceral foi a doença que agravou o estado do paciente.
Com Francelino, já são seis mortos pela doença na cidade entre 2011 e janeiro de 2013. Outras 27 pessoas contraíram a doença no período. Foram 23 casos só no ano passado. A Leishmaniose é transmitida pelo mosquito-palha, inseto que se reproduzemalimentos podres ou fezes. O inseto ataca animais de sangue quente contaminados - principalmente os cachorros -, e transmite a doença ao picar um humano.
A doença pode provocar febre ininterrupta, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez,aumento do baço e dofígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia, sangramentos na boca e nos intestinos.
De acordo com Carlos Alberto Alves de Almeida, 31, neto do aposentado, o avô estava com fraqueza e desmaiando com frequência. Por isso, foi levado pela família ao pronto-socorro da unidade no dia 29 de janeiro, às 13h05. O hospital afirma que ele deu entrada com quadro de faringite aguda.
Francelino morava no bairro Vila Marin, com casos da doença. "O vizinho tinha um cachorro que foi sacrificado por causa da Leishmaniose. O neto de um outro vizinho também foi infectado, porém conseguiu se recuperar", afirmou Carlos.
A Saúde do município afirmou que, após a notificação, promoveu as ações de controle da doença, conforme protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde: coleta de sangue nos cães em um raio de 200 metros em torno da moradia do infectado, além da intensificação das orientações aos moradores e manejo ambiental.
No ano passado, 1.790 cães foram infectados com o vírus, quase três vezes mais que em2011, quando 613 tiveram a doença. Do total do ano passado, 1.559 foram sacrificados,já que a doença não tem cura para os animais. Nesse ano, já são 487 suspeitos e 79 positivos.
Fonte: Diário da Região
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