O ódio é um poderoso inconsistente. É como a bomba (coincidência ou não) que explode, injuria e morre. Não perdura, não renasce, é minoria. Às vezes, um ódio se esbarra em outro. Se sentem fortes. Às vezes, de fato, ficam mais fortes. Causam o mal e se esvaem. O ápice do ódio é o seu fim. É quando se expõe - ao máximo - que morre.
Não, a gente não espalha ódio. No máximo, se incentiva quem já o sente a ter coragem para exprimi-lo. Conquanto, não acredito no renascimento do ódio.
O ódio é pessoal. É particular de cada vivência, experiência, essência. É personalíssimo. Essa é a minha opinião. Todos sabem o que o ódio é, mas cada um tem a sua própria fonte geradora.
O amor, não. O amor é universal, se compartilha, se planta e colhe, não se esgota, não morre. Renasce sempre e sempre. É infinito, acolhedor e muda os ventos, cores e cheiros do mundo.
Veja-se, quando o ódio explode, esgotando-se enfim, em uma medida imensamente maior que aquela em que ele compromete outras pessoas a senti-lo, ele instantaneamente provoca compaixão aos por ele vitimados. Compaixão é a dor que sente o amor. É amor. Vira amor, pois.
É por isso que não temos o que temer, o ódio passou pela história, mas ele nunca criou raiz. Já o amor, enraizado até o núcleo do mundo, nunca nos abandonou.
Isso não significa assistir complacente, mas agir com fé e amor. Fazer passar.
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