Em quatro dias de batalha em Trípoli, no Norte do Líbano, dez pessoas morreram e 86 se feriram durante confrontos entre dois grupos muçulmanos – os alauítas e os sunitas. A disputa é um dos efeitos da crise que ocorre na vizinha Síria. Só na manhã de hoje (23) uma pessoa morreu e duas ficaram feridas em Trípoli.
Apesar de um cessar-fogo decretado ontem (22) à tarde, o tiroteio permaneceu durante a madrugada e nesta manhã, segundo relatos. Os confrontos envolvem principalmente moradores de bairros pobres, como Babe El Tebbaneh, de maioria sunita, contrário ao presidente sírio, Bashar Al Assad, e Jabal Mohsen, que é alauíta e apoia o governo.
O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, disse estar “preocupado” com as tentativas de envolver o Líbano nos conflitos da Síria. A Organização das Nações Unidas (ONU) apelou à comunidade internacional para apoiar o Líbano devido aos riscos de desestabilização relacionados com o conflito sírio.
Há 17 meses, a Síria vive sob clima de guerra em decorrência das disputas entre Assad e adversários. Para a oposição, o presidente deve renunciar, promover a abertura política e acabar com a onda de violência no país. Mais de 20 mil pessoas morreram nesse período na região.
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