Em uma semana, a Liga Árabe – formada por 23 nações – definirá se haverá intervenção militar na Síria como tentativa de conter a onda de violência, que atinge o país há quase um ano. O assunto é o principal tema da reunião marcada para o dia 21. “Todas as ideias podem ser discutidas”, disse o secretário-geral da entidade, Nabil Al Arabi. Porém, a previsão é que no próximo dia 19 a missão de observadores que está no país desde dezembro deixe a Síria.
O emir do Qatar, Hamad Bin Khalifa Al Thani, defendeu a proposta de enviar os militares árabes para a Síria. Segundo ele, a situação exige uma intervenção militar. “Para uma situação dessas, que exige que mortes sejam impedidas, algumas tropas devem ser acionadas”, disse.
Também o ex-secretário da Liga Árabe Amr Mousa, que é candidato às eleições presidenciais no Egito, admitiu que a organização devia “estudar” a ideia de enviar tropas para o território sírio. Nem mesmo a presença da missão da liga na região fez cessar a violência na Síria. Desde 26 de dezembro, quando os observadores desembarcaram em Damasco, 400 pessoas morreram.
Pelos dados das Nações Unidas, os embates entre agentes do governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, e manifestantes contrários a ele geraram mais de 5 mil mortes. Há ainda denúncias de violações de direitos humanos, como torturas, prisões indevidas e atentados a crianças e adolescentes.
Só ontem (15) pelo menos 25 pessoas morreram em diversas províncias da Síria, a maioria nos centros da contestação popular - Idleb, no Norte, e Homs, no Centro, em uma nova onda de confrontos.
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