A abertura oficial da 15ª edição da Festa Della Nonna, realizada na noite de sexta-feira, 08, contou com um espetáculo inesquecível protagonizado pela Banda Lira Itapirense, que levou a um público estimado em mil pessoas o espetáculo Italianíssimo, sob a regência do maestro Maurício Perina. O espetáculo integra o projeto “1ª Temporada de Concertos-Banda Lira e convidados” que conta com patrocínio do Cristália – Produtos Químicos Farmacêuticos, através do PROAC e da Prefeitura, através da Secretaria de Cultura e Turismo. O projeto foi iniciado em maio deste ano com o concerto Brasileiríssimo, com uma produção que se tornou marca registrada da instituição desde os festejos de seu centenário em abril de 2009, quando convidados especiais passaram a dividir o palco com os músicos da corporação.
Nesta última apresentação não foi diferente. Além dos 45 músicos da banda, estavam no palco montado defronte a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha, 110 integrantes dos corais Cidade de Itapira, Veredas (Águas de Lindoia), Municipal (Socorro) e do Laboratório Cristália. Além disso, se apresentaram o cantor João Ailton Riberti Junior, o tenor Nunno Dellalio e a soprano Marina Gabetta.
O repertório mesclou clássicos do cancioneiro e da música erudita italiana. O espetáculo teve início com a interpretação de Vá penseiro (Giuseppe Verdi). Depois foi a vez de Riberti mostrar ao público uma outra performance de seu legado artístico-musical interpretando com maestria a canção Il Mondo (Sérgio Endrigo) fazendo ecoar pelos recintos seu conhecido vozeirão. A sequência fez arrepiar a plateia com Io Che Non Vivo Senza Te (Pino Donaggio); Champagne (Pepino di Capri); a música tema do filme O Poderoso Chefão, Mio Banbino Caro (Giacomo Pucinni); Brindisi (Giuseppi Verdi); Con te Partiro (Francesco Sartori/ Lucio Quarantotto); Nessun Dorma (Giacomo Puccini); Canto Dela Terra (Francesco Sartori/Lucio Quarantotto) e Funiculi Funicula (L.Densa/V. Turco).
A participação de Nunno Dellalio e Marina Gabetta exibindo todos seus dotes musicais que os c olocam entre os grandes artistas em atividade no país para este tipo de interpretação - recursos vocais normalmente empregados na apresentação de óperas - coroou de forma inequívoca o grande espetáculo que foi muito aplaudido. Os convidados não tinham palavras para expressar sua satisfação pessoal por participar de um evento tão grandioso. “Foi espetacular, não tenho palavras para descrever a sensação que estou sentindo”, disse Nunno, com um sotaque indisfarçavelmente italiano. “Estou emocionada. Foi uma apresentação maravilhosa que me encheu de orgulho”, disse a soprano Marina Gabetta, acostumada a se apresentar em palcos dos mais requintados. Indagada sobre a experiência de cantar acompanhada por uma banda, disse que achou incrível a experiência.
“É uma formação maravilhosa. Tudo funcionou direitinho, apesar do improviso do local”, comentou Riberti, o Peru, que contou que com mais de 30 anos de carreira, esta foi uma experiência inesquecível. “Nunca havia recebido um convite desta natureza. Estou feliz e orgulhoso por ter participado”, arrematou.
Na plateia o sentimento também era de apoteose. O empresário Heitor e a esposa Marli Kido, de São Paulo, disseram ter ficado maravilhados. “Foi uma experiência inesquecível. Tudo muito bonito, bem organizado, uma festa animadíssima e para coroar uma apresentação deste nível. Surpreendente”, disse o empresário, que apesar da ascendência nipônica disse não desprezar uma boa festa italiana. “Ele gosta é de uma boa festa”, entregou a esposa.
Também na plateia, o deputado Fábio Porta, do Parlamento Italiano, que assistia à apresentação ao lado de Walter Ricciluca, presidente do Círcolo-Ítalo Braziliano XV de Novembro de Itapira, disse que se impressionou com a qualidade do espetáculo. “Deixo meus cumprimentos a t odas as pessoas que proporcionaram este belíssimo espetáculo. Bravo!”, exclamou.
Gerações
No palco a apresentação também exprimiu sentimentos de regozijo. Mario Bazani, 70, com pelo menos outros 50 anos de Banda Lira, disse que apesar de tanta experiência, não conseguiu segurar a emoção, lembrando que é descendente de italianos tanto por parte de pai (Bazani) como por parte de mãe (Fracarolli). “Foi algo inesquecível”, pontuou. A pequena Iris Fernandes Ribeiro, de 12 anos, com aprendizado musical desde 2010 na instituição, ficou emocionada ao participar do espetáculo, tocando sua flauta transversal. “Foi uma experiência gratificante, que espero repetir em outras oportunidades”, expressou-se.
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