A margem de lucro dos bancos continuou a representar a maior parte do spread bancário, diferença entre o custo de captação de recursos e a taxa cobrada dos clientes nos empréstimos. Segundo o Relatório de Economia Bancária, divulgado hoje (3) pelo Banco Central (BC), a chamada Margem Bruta, Erros e Omissões correspondeu a 54,62% do spread prefixado em 2010.
Os dados do BC mostram que houve crescimento da participação do lucro no spread. Em 2009, esse percentual chegou a 49,91%. Ao serem descontados os impostos diretos, a margem líquida ficou em 32,73%, no ano passado, contra 29,94% em 2009.
A participação da inadimplência na composição do spread caiu de 2009 (30,59%) para 2010 (28,74%). O custo administrativo passou de 14,25%, em 2009, para 12,56% no ano passado.
Os depósitos compulsórios (recursos que os bancos são obrigados a depositar no BC) mais os subsídios cruzados (gerados pelo direcionamento obrigatório de parte dos depósitos à vista e de poupança para crédito rural e crédito habitacional), os custos com o Fundo Garantidor de Crédito e encargos fiscais chegaram a 4,08%, no ano passado, contra 5,26% em 2009.
De acordo com os dados do BC, o spread passou de 29,81 pontos percentuais, em 2009, para 27,87 pontos percentuais em 2010. O BC também informou que os bancos públicos registraram spread de 21,11 pontos percentuais, no ano passado, contra 34,22 pontos percentuais em 2009.
Nos bancos privados, houve alta de 27,97, em 2009, para 30,51 pontos percentuais em 2010.
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