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Itapira, 28 de Setembro de 2024
Notícia
11/08/2012 | Mais de 10% da população local estão na lista negra do SCPC

 

O fenômeno do endividamento que tanto vem tirando o sono dos agentes econômicos brasileiros se faz sentir também e Itapira de forma preocupante. Segundo dados disponíveis no Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da Associação Comercial e Empresarial de Itapira (ACEI), estavam catalogados no órgão até o dia de ontem 7.134 pessoas. Se for levado em conta a população local medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no censo demográfico de 2010 ( 68.495 habitantes),  mais de 10% dos itapirenses estão com o nome sujo na praça.
 
O número total de dívidas abertas no comércio chega a quase 20 mil, o que significa dizer que muitas destas pessoas contraíram mais de uma dívida. Se somadas todas as dívidas, o comércio tem a recuperar um montante nada desprezível de R$3.669,981,99. Rafael de Oliveira Pedroso, gerente administrativo da ACEI e responsável pelo SCPC local conta que existem pessoas com mais de dez dívidas em aberto. “São aqueles que são conhecidos como caloteiros compulsivos, casos de difícil solução”, lamenta.
 
Ele avalia que o processo de inclusão de pessoas no cadastro vem mantendo um víeis alto predominantemente nos últimos três anos. Número de inclusões no cadastro do SCPC até 30 de junho passado foi de 4.146. No mesmo período do ano passado eram de 3.835. Em valores monetários, o saldo tanto de um como de outro período, são praticamente o meso: R$ 945.733,28 frente à R$ 951.301.08 que deixaram de ser recebidos no primeiro semestre deste ano.
 
Rafael considera que uma alternativa para tentar baixar estes números seria tentar algum tipo de negociação amigável. “A ACEI tem um programa no qual faz a mediação entre os clientes endividados e os associados da entidade, propondo uma negociação que envolve na maioria dos casos um reparcelamento”, expôs. Ele afirma ainda que a maioria dos casos tem apresentado resultado satisfatório. “O balanço tem sido favorável na maioria dos casos”, pontuou.
 
Veneno 
 
José Aparecido da Silva, presidente da ACEI afirmou que os números apresentados são preocupantes. “A gente já vinha percebendo este viés de alta”, alertou. Aparecido atribui à determinação do governo em promover o aquecimento econômico barateando o crédito como principal causa do fenômeno. “A impressão que temos é que a concessão de crédito, em muitos casos, fugiu do controle dos próprios agentes econômicos e também dos consumidores”, avaliou. Ele defende que os comerciantes sejam mais seletivos para concessão do crédito, para não fazer “de uma solução para alavancar as vendas um problema sério a ser resolvido mais à frente”. Argumentou que o bom senso deve imperar tanto do lado de quem reivindica crédito, como também de que o concede. “O crédito é algo essencial, ninguém duvida disso, para promover uma interferência positiva no crescimento dos negócios e para satisfação pessoal dos consumidores. Mas é preciso impor certo controle para que o remédio não acabe se tornado um veneno para o próprio paciente”, defendeu.
 
Fonte: A Cidade

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