Níveis de radioatividade centenas de vezes acima do normal foram registrados no início de maio em uma faixa de 300 quilômetros no fundo do mar na costa da usina acidentada de Fukushima. A informação foi dada neste sábado pela agência Kyodo, que citou como fonte o ministro das Ciências.
O ministro afirmou na noite de sexta-feira que substâncias altamente radioativas haviam sido detectadas em um eixo norte-sul que vai das cidades de Miyagi a Chiba, alertando para a possibilidade de contaminação da fauna marinha.
De acordo com o ministro, nos dias 9 a 14 de maio foi detectada em 12 pontos uma contaminação no fundo do mar com iodo 131 e césio 137, em uma região localizada a uma distância entre 15 e 50 quilômetros da costa.
A organização Greenpeace divulgou na terça-feira ter examinado parte da fauna marinha encontrada há mais de 20 quilômetros da central, indicando que a amostra apresentava sinais de radioatividade superior aos limites legais.
Para o Greenpeace, "há sérias razões para se temer que a longo prazo haja um risco real para o meio ambiente e a população, devido à contaminação da água do mar". O acidente da usina japonesa de Fukushima 1, afetada em 11 de março por um tsunami causado por um devastador terremoto, provocou o vazamento de milhares de litros de água radioativa para o oceano.
(Com agência France-Presse)
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