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Itapira, 30 de Junho de 2024
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18/03/2012 | Milton Leitão: Educação em Saúde: Ser voluntário faz bem a saúde!

Após 10 anos de estudo numa pesquisa que envolveu 2,7 mil pessoas, professores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, apontam que ser voluntário faz bem ao coração e ao sistema imunológico, além de aumentar a expectativa de vida e a vitalidade de maneira geral. A química é simples. Ao perceber a felicidade e a gratidão dos outros, o cérebro libera endorfina, morfina natural produzida pelo organismo e responsável pela sensação de prazer. Por atuar no sistema nervoso, a endorfina diminui a sensação de dor e as chances da pessoa adoecer. Vejam o que  aponta outra pesquisa, que acompanhou a atividade cerebral de pessoas que faziam o bem e comprovou que, logo após fazer uma boa ação, o cérebro libera substâncias para o corpo que trazem sensação de bem-estar. Para realizar a pesquisa, foram necessários 19 voluntários, e para cada um deles foi entregue a quantia de US$ 128, o equivalente a R$ 250,00 . Eles tinham duas opções: ou ficavam com o dinheiro ou doavam para instituições de caridade ou pessoas carentes.
Foi possível detectar que aqueles que ficavam com o dinheiro tiveram o sistema mesolímbico (responsável por sensação de prazer ao comer chocolate ou fazer sexo) ativado. Já os que doaram seu dinheiro, ou mesmo parte dele, tiveram o sistema de recompensa ativado. Além dessa zona do cérebro, a parte do córtex cerebral que envolve as relações de afeto de mãe e filho e de casais apaixonados também foi alterada. O pesquisador concluiu que a generosidade está diretamente ligada à sensação de bem-estar, o que proporciona saúde para quem a coloca em prática.
Voluntário é o cidadão que doa seu tempo, trabalho e talento, de maneira espontânea e não remunerada, para causas de interesse social e comunitário. O Voluntário é uma pessoa que sabe se unir aos outros, sem ser o centralizador do grupo, ele se doa de maneira uniforme, em busca da felicidade plena, para sentir-se bem e fazer bem ao outros, ao contrário do cidadão voluntário que reverte seu trabalho em prol de sua saúde o cidadão centralizador em grupos de trabalho voluntário adoece.
Gestos voluntários não são novos. Doa-se tempo, trabalho e talento em favor dos outros desde que o homem existe. Novidade, pelo menos no Brasil, é considerá-los uma participação responsável e solidária dos cidadãos em iniciativas de combate à exclusão social e melhoria da qualidade de vida. É bem verdade que o tema sempre esteve presente na tradição brasileira, mas historicamente circunscrito ao ambiente religioso, motivado pelos valores da caridade, compaixão e amor ao próximo.
Vivemos hoje um novo momento: o alargamento deste círculo, com a inclusão de todos aqueles para quem o voluntariado é, sobretudo, expressão de participação cidadã.
Voluntariado não é só o trabalho assistencial de apoio aos grupos mais vulneráveis da população. Inclui as múltiplas iniciativas dos cidadãos nas áreas da cultura, defesa de direitos, meio ambiente, esporte e lazer e educação em saúde, todos podem participar de grupos que envolvam atividades de prevenção e promoção em saúde: na sua comunidade, igreja, entidade de classe, trabalho e até em grupos de amigos. Falando em saúde, e fazendo um paralelo entre voluntariado e humanisno, devemos resgatar os valores da humanização neste serviço, que ora vem ocorrendo em nosso sistema de saúde. A relação profissional-paciente deve ser de amizade, cumplicidade e confiança. O profissional de saúde deve ser consciente da importância do poder intrínseco da relação com o paciente, assim como do teatro terapêutico, do efeito placebo e da tríade "informação, apoio e carinho" - que possui em muitos casos tanta eficiência quanto as mais altas tecnologias.
 Sendo assim, fica fácil perceber que boas ações ajudam na saúde. Diversos estudos já revelam a ligação dos sentimentos, sensações e até mentalizações positivas no bom funcionamento do organismo e, assim, na prevenção de doenças.
E, para ajudar, não adianta a desculpa de falta de tempo, pois há instituições e ONG’s que nem exigem tantas horas de dedicação. E se mesmo assim, ainda ficar difícil, ou se tiver poucos recursos, basta um sorriso, uma palavra amiga, por fim, oportunidades é que não faltam. Até porque, além de beneficiar a si próprio no que se refere a mudanças de valores, rumando ao autoconhecimento e a uma boa saúde, estará trazendo bons momentos de alegria a outras pessoas. E não há nada mais gratificante que isso, não é verdade?

Milton Antonio Leitão – Farmacêutico CRF-SP 11973 – É sócio proprietário das farmácias FormulAtivaMIL, Título de Especialista em Manipulação Magistral de Fórmulas e p
ós-graduado em MBA – Gestão Estratégica em Farmácias.
 

Fonte: Milton Leitão

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