Dentre os bens intangíveis mais preciosos e sérios da vida do ser humano, está sem dúvida nenhuma à saúde. A atenção à saúde constitui um direito de todo cidadão e um dever do Estado, motivo pelo qual tem que estar amplamente ligada às estruturas políticas governamentais.
O direito à saúde está garantido na Constituição Brasileira, que reza ser a saúde um direito de todos e dever do estado. De extrema relevância para a sociedade, e requisito básico no exercício da cidadania a saúde é o principal dever de um governo voltado para o social.
Humanizar a relação com o doente, não deve ser visto como um ato de caridade exercido por profissionais abnegados e sim valorizar a afetividade e a sensibilidade como elementos necessários ao cuidar.
A revista Pharmácia Brasileira, fonte de pesquisa deste texto, tem um artigo dos melhores que já li sobre o tema. Cita características simples, mas tão necessárias aos profissionais da saúde, como diálogo, relações éticas e solidárias, aprendizado contínuo e vivência. Conhecer a natureza humana e desenvolver atitudes de valorização dos homens são fundamentais para humanizar a saúde, além de repensar o processo de formação dos profissionais, ainda centrado no aprendizado técnico, racional, e individualizado.
Até os anos 80, a assistência à saúde no País, era baseada no atendimento curativo, dentro de hospitais, a partir de então ele foi se expandido e hoje é muito mais complexo, e tem características tanto curativas como preventivas, envolvendo equipe multidisciplinais, que precisa aprender e reciclar no âmbito de humanização. Seres humanos têm pais, mães, filhos, irmãos, sobrinhos, amigos, ideais, caráter, frustrações, compromissos, carências e etc.. Mesmo sendo esse conjunto, as pessoas são singulares e estas singularidades devem ser conhecidas para implantar um serviço de saúde humanizado, não basta ser um gestor de profundo conhecimento e formação profissional exemplar o gestor de saúde precisa acumular ideais de soluções solidárias, gente tem que gostar de gente.
Modificar o modo como se acolhe o paciente nos serviços de saúde, é um desafio que pode transformar um projeto político em realidade, onde se trabalha com pessoas mais críticas e sensíveis, que se encontram fragilizadas no convívio diário com dor, sofrimento, morte e miséria, afinal, pessoas não adoecem por querer.
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