Na sociedade atual, o consumo do álcool trás consigo um risco de dependência e o uso indevido. Este texto baseado em um artigo do Journal Medicine New England, demonstra que o uso do álcool está associado a uma série de problemas, diretos e indiretos, que torna o seu uso um problema de saúde pública.
O uso do álcool em bebidas, uma tradição milenar, tornou-se na atualidade, um dos maiores problemas para o serviço público de saúde. A ingesta moderada de álcool (classificada como 5 doses para homens e 2 doses para mulheres) está associada a uma redução da mortalidade geral, porém, para 15 % da população a substância é utilizada de maneira considerada não saudável. Esse uso inadequado está relacionado com o aumento do número de acidentes de veículos, à hipertensão, a acidentes vasculares cerebrais e a algumas neoplasias. A lógica entre o uso benéfico e os riscos associados à ingesta crônica de álcool, é de difícil controle prático.
Na prática existem dois questionários para que os pacientes respondam com o objetivo de detectar a dependência e o grau de abuso do álcool. Os pacientes são classificados em determinadas classes como uso de risco (30% da população), abuso de álcool (5%) ou dependência de álcool (4%).
Na terapia contra o álcool utiliza-se de vários métodos como sessões de terapia, internações, grupos de apoio, como os alcoólicos anônimos, que dá suporte em grupos de pessoas que desejam reduzir a quantidade de álcool ingerida, e também a terapia medicamentosa, que associada a tratamento comportamental, pode auxiliar nos casos de dependências mais graves. Hoje dispomos no mercado de 3 drogas muito conhecidas e aplicadas na clínica, mas como todo tipo de dependência não faz milagre, sem a ajuda do paciente.
Para controlar os altos custos destes tratamentos, e seus problemas na sociedade em geral, sempre diretamente envolvidos em acontecimentos desastrosos de grande impacto social, o estado tem feito sua parte, principalmente na elaboração de leis mais severas para motoristas alcoolizados, como também em campanhas educativas, orientando o uso indevido do mesmo. O que ocorre geralmente é que o uso do álcool em excesso, parece lícito aos nossos olhos, não o vemos como uma droga e sim como um coadjuvante para embalar grandes festas, eventos e todos os tipos de acontecimentos. Outro foco negativo: as pessoas começam hoje a beber com uma idade cada vez menor, e o uso de bebidas alcoólicas destiladas (com maior concentração alcoólica) tem crescido também entre os jovens.
O fato de o álcool ter acesso fácil em muitas casas, também parece contribuir para a massificação do uso indiscriminado. Se uma dose de vinho tinto por dia faz bem ao coração, seu excesso muitas vezes destrói lares, dilacera família e ceifa muitas vidas.
O uso não saudável do álcool dever ser sempre pesquisado por todos do grupo familiar, e se identificado ser tratado o mais rápido possível.
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