Um dos mais respeitados institutos de pesquisa do Brasil, o Datafolha, a pedido da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica e Pesquisa), fez um levantamento que apontou a saúde como sendo o principal problema do brasileiro na atualidade, seguido da segurança, corrupção, educação, desemprego e miséria.
Em outros artigos tive a oportunidade de relatar o assunto, mas sem a comprovação de uma pesquisa, dados que agora vem alertar ainda mais sobre minha preocupação com a saúde dos brasileiros.
Se algo não for feito rápido, sem demagogia e sem interesses eleitoreiros o quadro tende a piorar e muito.
Nos últimos 50 anos, o Brasil triplicou sua população, e o crescimento no número de idosos foi maior que o crescimento total da população. Em 1960, 3,3 milhões de brasileiros tinham 60 anos ou mais e representavam 4,7% da população. Na última década, o salto foi grande, e em 2010 a representação passou para 10,8% da população (20,5 milhões). Hoje o índice com certeza é maior ainda.
Levando em consideração que idosos gastam mais com saúde e que a envelhecimento aumenta a curva de gastos com saúde em relação a população mais jovem, concluo que nosso sistema de saúde pública e privada não dará conta de suportar o aumento do longevidade do nosso povo.
Tanto no SUS (Sistema Único de Saúde) como na área privada com seus planos de saúde a mesma pesquisa mostra insatisfação da população com os serviços prestados.
Novos programas, novas propostas deverão ser apresentadas e colocadas em prática muito rapidamente, precisamos melhorar em todos os níveis de assistência à saúde que vão desde as emergências, internações, cirurgias, até os programas de educação em saúde, com propostas de uma terapia voltada para priorizar as informações, pautando-se na prevenção de doenças como um método avançado, inteligente, e muito mais econômico para os cofres públicos e privados.
Não basta importar médicos, com todo meu respeito a estes que estão aqui trabalhando, é necessária a boa vontade para mudar o rumo da saúde, não se pode de maneira nenhuma usar da saúde de um povo para fazer palanque eleitoral.
Milton Antonio Leitão. É farmacêutico-Bioquimico – CRF 11972- Diretor das Farmácias FormulAtiva MIL.