Antigamente, saúde era a inexistência de doença, a OMS Organização Mundial de Saúde, há 50 anos passados modificou este conceito, o qual passou a ser “o melhor estado de bem estar físico, psíquico e social”, com a abertura do leque deixou para trás o conceito de saúde a existência do perfeito (sem doenças) e do imperfeito( com pelo menos uma doença). Sem alterar esta definição seria impossível falarmos em saúde do idoso, e em promoção da saúde do Idoso, este equilíbrio entre o bem estar físico, psíquico e social pode ser atingido com doenças devidamente tratadas ou compensadas. A Promoção da Saúde do Idoso, deve estar a cargo de uma equipe multidisciplinar devido a complexidade do fato.
Envelhecer é uma característica elementar para todos os seres humanos e todos nós sabemos que a cada dia caminhamos para esta chegada. Com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros o estado deve tomar consciência rápida e agir de maneira clara e muito bem definida para que tenhamos condições de conviver com todos os idosos que maravilhosamente estarão por aqui por um tempo muito maior, uma conquista da ciência e um dever do estado – acolhe-lo e tratá-lo.
A Revista Racine, fonte deste artigo, mostra uma proposta ampla e abrangente para a Promoção da Saúde do Idoso, agrupadas em formas de ação e alternativa para atingir este propósito. Aumentar a reserva funcional: que é diminuir os riscos deletérios capazes de reduzir o limite da função de um sistema ,como por exemplo, o tabagismo e sistema respiratório, e adaptar sobrecargas: ter o idoso um controle maior da sua capacidade de sobrecargas às possibilidades funcionais. Destes grupos derivam a orientações especificas para os idosos, temos que ter em mente que o risco de prejuízo ao idoso é proporcionalmente maior com uma mesma atitude comparado a um jovem.
O idoso precisa: Prevenir traumas e acidentes, mudar os hábitos de vida, praticar atividade física regular, moderar o uso de bebidas alcoólicas, controlar o uso indiscriminado de medicamentos e suplementos vitamínicos, evitar ou postergar a manifestação clinica das doenças( não esconder sintomas e sinais), controlar as doenças existentes, compensar suas limitações e finalmente ter atitudes em prol da cidadania e da inserção social, talvez aqui esteja a maior ferramenta para um envelhecimento sadio e tardio, ser útil ser voluntário , prestativo e envolvido com pessoas. Felizmente a época em que se determinava “ não haver mais nada a fazer” se distancia cada vez mais do conceito atual. Sempre há o que se fazer pelo paciente, seja contra a doença ou seus sintomas, para isso tem que haver uma união entre família, cuidadores, equipe multidisciplinar, com carinho e afeto.
Milton Antonio Leitão – Farmacêutico Bioquimico – É diretor das Farmácias FormulAtiva MIL.