Sexta-feira, 25, foi celebrado o dia do Contador. Para assinalar a passagem da data. Três profissionais da área, também conhecida como ciência contábil são enfáticos e acreditam que a modernidade não diminui a importância da profissão que escolheram.
Alairton Zago, 73, decano dos contadores, começou a exercer a profissão a partir de 1957. Egresso da Escola Técnica de Comércio, onde lecionou mais tarde, ele avalia que as grandes transformações econômicas por que o país passou a partir do final dos anos 50, saindo de uma sociedade eminentemente agrária, para um sociedade industrial, já sinalizavam por uma expansão das atividades do contador. “Havia naquele período cerca de quatro escritórios especializados na cidade. Hoje talvez tenhamos uns 13. Isso por si só mostra como a atividade se expandiu”, comentou.
Ainda segundo Zago, o cipoal burocrático criado para regular diversas atividades empresariais e a fiscalização do fisco, fez do contador uma espécie de advogado e consultor. O advento da informática, segundo sua opinião, revolucionou o setor, mas o maior beneficiário deste processo. “É o próprio governo que passa a ter informações instantâneas de todas as movimentações”. Embora já sem o pique e muitas das responsabilidades de anos atrás, ele ainda exerce várias atividades em seu famoso escritório, que emprega 35 pessoas.
Décio Lucchetti, 67, se formou também na antiga Escola Técnica de Comércio e fez curso de Direito em São João da Boa Vista-SP. Também se considera um vocacionado para a atividade de contador desde muito cedo.
Ele revela que aos 12 anos já trabalhava no meio, tendo sua iniciação no Escritório Fernando, em 1959, do saudoso Santos Giovelli. “Por longos anos tive o privilégio de trabalhar e conviver com pessoas notáveis com as quais aprendi tudo sobre a profissão que exerço e também devo dizer que muito influenciaram em minha formação pessoal. Por isso, a eles minha gratidão”, lembra.
Luchetti também se impressiona com a importância que a função de contador viria a adquirir. “Para ser sincero não esperava estar atuando de forma engajada até os dias de hoje. Mas com o passar do tempo, você vai criando raízes, conhecendo mais pessoas, tomando gosto pela profissão e acaba se envolvendo sempre mais, principalmente nos dias atuais, que trabalhamos com pura tecnologia.Hoje somos em 25 pessoas, distribuídas na Área Fiscal, Contábil, Pessoal e Administrativa”, completa.
Aprendiz
Rodrigo Vilella Sartorelli, 43, conta que foi aprender os primeiros macetes do ofício sendo funcionário do saudoso Flávio Zacchi. Começou realizando a tarefa mais detestada dentro deste ofício, copiador de livro diário, e depois foi promovido a assistente contábil. Sentindo-se vocacionado, foi à luta e realizou estudos acadêmicos e complementares que ampliaram seu horizonte e o levaram a tentar a sorte com seu próprio negócios. “Cursos de capacitação devemos fazê-los sempre porque a todo momento temos que estar atualizados”, considerou.
Em junho de 93 criou a Visar, sua empresa, que emprega nove pessoas. Comentou que ao passar do outro lado da mesa, pôde perceber com mais clareza ainda que nem tudo são flores no ofício. “Somos muito desvalorizados financeiramente e profissionalmente, quem reconhece o valor de um contador é aquela pessoa que sabe que a saúde da empresa dela depende de um bom contador. Costumo dizer que o contador é o médico que cuida da saúde das empresas, mas que também ajuda a prevenir os seus problemas. Para mim valeu a pena. Hoje temos o reconhecimento da fundação Abrinq, aliás há mais de 12 anos, e em setembro de 2013, acabamos ter o reconhecimento dos ‘Médicos sem Fronteiras’, ou seja, duas ONGS extraordinárias nos dando motivo de grande prazer” arrematou.
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