Faleceu no começo desta semana, aos 60 anos de idade, a dona de casa Alaíde Barbiéri, moradora do bairro de Barão Ataliba Nogueira. A causa da morte, segundo apurou o A Cidade, foi uma rara doença conhecida como Síndrome de Guillain Barré, doença neurológica que ataca o sistema nervoso central.
Até chegar ao diagnóstico a família de dona Alaíde experimentou um verdadeiro calvário com informações desencontradas. O drama todo começou dia 22 de abril, quando ela trabalhava numa roça de café e foi atacada por um cachorro. Sofreu mordidas na perna e no braço, quando tentou proteger o rosto. Imediatamente foi levada ao Hospital Municipal, onde recebeu medicação de praxe, soro e vacina antirrábica. Alaíde tinha também recebido neste período a vacina contra a gripe.
Depois de receber os primeiros cuidados, ela começou a apresentar sintomas atípicos, como dormência nos membros. Os quatro filhos começaram uma rotina de ida e volta ao Hospital Municipal onde a mãe acabou sendo internada.Um dos muitos médicos que a atenderam, que seria neurologista, desconfiou que algo de anormal estava ocorrendo e determinou a realização de exames mais aprofundados. Um destes exames acusou a síndrome.
A família, muito abalada, preferiu não comentar os fatos. Mas uma pessoa próxima disse que os familiares se queixam do fato dos profissionais da área médica não terem ligado o fato da doença revelada possuir histórico relacionado a aplicação de vacinas, o que, no entendimento dos familiares, poderia ter antecipado o diagnóstico e aumentado as chances de sobrevivência da dona de casa. A família permitiu ainda que o corpo de dona Alaíde fosse exumado para fins de estudos do
caso.
Autoridades da área de saúde que pediram anonimato confirmaram que o caso é muito delicado e que está sendo objeto de estudos, inclusive, por parte do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo). Segundo uma autoridade médica, somente com a chegada de exames conclusivos poderá ser possível saber exatamente o que desencadeou a doença. “Existem muitos fatores que podem causar a síndrome. Não dá para falar nada sem saber dos laudos conclusivos”, disse a fonte.
Com relação ao cão que mordeu a vítima, foi apurado que ele não tinha raiva. Era regularmente vacinado e ficou em observação durante dez dias.