O Museu de História Natural de Itapira deverá fechar o ano com cerca de 7.000 registro de visitas. Número expressivo, mas que representa cerca da metade dos visitantes recebidos em 2008, cerca de 14 mil visitantes(veja gráfico nesta página). O biólogo José Carlos Simão Cardoso Junior, 34 anos, coordenador daquele espaço científico-cultural acaba de concluir um estudo estatístico atualizando o número de visitações com base nos registros que o órgão mantém desde sua inauguração em outubro de 1999.
De posse destes dados ele descobriu, por exemplo, que tem crescido a cada ano a fatia das pessoas de fora que visitam o Museu. Até outubro foram 1.034 ‘forasteiros’, ou cerca de 27% do total. Ainda usando com a base de comparação o ano de 2008, dos cerca de quase 14 mil 1.366 era de pessoas de fora ou cerca de 10% do total.
As cidades que mais enviam visitantes para o Museu são da microrregião, com Mogi Guaçu em primeiro lugar, Mogi Mirim em segundo e Jacutinga (MG) em terceiro. O Museu já recebeu visitantes de 275 cidades de todo o Brasil. Fora aqueles municípios vizinhos, a capital São Paulo é a que mais envia visitantes. O funcionamento do Instituto Bairral de Psiquiatria é apontado pelo coordenador como um dos responsáveis pela relativa popularidade que o museu possui com relação aos paulistanos. “Parentes de pessoas que ficam em tratamento no Bairral são visitantes contumazes”, reforçou.
Além disso, Cardoso Junior atribui a veiculação de notícias positivas por parte da mídia e das exposições específicas realizadas a cada ano como fatores que popularizam as atividades do Museu. Ele lembrou, por exemplo, que em setembro uma comitiva da Universidade Federal de São Carlos e da Usp também de São Carlos esteve visitando o Museu para finalidade de intercâmbio. “Você não faz ideia da repercussão que esta visita causou nas redes sociais. Isto tudo somado às ações que são realizadas normalmente ajuda a popularizar as atividades do Museu”, observa.
Localização
A melhor localização do Museu que foi transferido da Praça da Árvore para o atual endereço no Parque Juca Mulato desde outubro de 2007 também é apontada pelo coordenador como um fator a mais para atrair o público, muito embora, nos tempos iniciais lá no Jardim Raquel o Museu colheu alguns dos melhores índices de visitação. “É claro que o espaço aqui no Parque (Juca Mulato) é mais ajeitado, mais central. Mas lá na Praça da Árvore também ele (O museu) tinha seus encantos. Era um local aberto, arborizado e , embora um tanto ermo, tinha uma proximidade interessante com a natureza. Ainda sim recebíamos muitas visitas, especialmente do público escolar, quando não, levávamos exposições para dentro das escolas”, relembrou.
Aliás, o coordenador atribui exatamente a uma espécie de ‘overdose’ de exposição o fato do público local ter decaído. “Para muita gente deixou de ser novidade”, justifica. O caminho a ser perseguido foi a montagem de exposições específicas, que acabam atraindo mais gente. Só neste ano foram duas: Esqueletos: Conhecendo por dentro, realizada de junho a agosto e Tráfico de Animais Silvestres, de setembro a outubro.
Com um acervo de fazer inveja a muita cidade grande, o Museu de História Natural, segundo seu coordenador e principal idealizador, tem ainda um potencial enorme para oferecer atrações variadas e continuar atraindo o público. “Tudo vai de termos o apoio necessário. Vejo com alegria que o itapirense de uma forma geral adotou o Museu de História Natural”, comentou.
O Museu funciona de 2ª a 6ª das 8h00 11h00 e das 13h00 às 17h00. Domingo: das 8h30 ao meio dia. O telefone é 3843 4317 e quem curte Facebook pode acessar informações clicando www.facebook.com/mhnitapira.
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