A realização sábado passado, dia 27, de um esforço concentrado por parte da Secretaria de Saúde do Município para a realização de 147 cirurgias de catarata, acabou recebendo reconhecimento da população assistidas. Ao final do dia, 147 pacientes previamente cadastrados puderam ter eliminado o problema em um dos olhos.
O aposentado Benedito Veronezzi, 62 anos, morador na Vila Kennedy contou que sofria com o problema localizado no olho direito que limitava a visão em torno de 20%. “Eu esperava pela cirurgia desde o ano passado e confesso que sentia uma certa aflição pela demora”, relatou. Com os óculos escuros que ganhou depois da cirurgia, disse que vem cumprindo rigorosamente o período de convalescença. A irmã Sônia, que o acompanhou, destacou o atendimento. “ Foi tudo muito bem organizado, até lanche para os pacientes eles providenciaram”, lembrou. Sônia contou ainda que se fosse pagar do bolso o custo estimado de um tratamento desta natureza, não teria condições. “ Fala-se em até 8 mil reais pela cirurgia e posterior acompanhamento”, supõe.
Na casa da família Siqueira, Vila Bazani, a intervenção beneficiou o casal Fernando Siqueira e Neusa . Fernando já tinha conseguido operar o olho esquerdo na Unicamp e sabia que também teria quer operar o outro. Neuza operou o olho esquerdo e exames indicaram que ela vai ter que operar também o outro. “A mudança é nítida. É como tirar um peso dos ombros”, contou o aposentado. Neusa também está feliz com o resultado. “Era preciso fazer ( a cirurgia). Ficamos felizes por termos tido este privilégio”, afirmou. Ela disse ter ciência que apesar do recente multirão ter dado um alívio na demanda existente a demanda ainda é elevada. “ A gente soube que existe uma fila de aproximadamente 400 pacientes aguardando cirurgia”, avaliou.
Moradora na Vila José Sechi a aposentada Dalva Camilo apresentava o problema nos dois olhos. Operou o direito e disse que vai ficar atenta à uma nova convocação para operar o esquerdo. Foi alertada pelo vereador Carlos Sartori sobre o multirão.
Ali perto, Rosa Rossini, de 92 anos, soube de última hora a realização das cirurgias graças ao empenho da filha Geni. “Minha mãe possui além da catarata problema de glaucoma e por isso mesmo a gente vive correndo com ela no serviço de saúde. Fui envolvida num jogo de empurra de funcionárias da Secretaria da Saúde e por pouco não perdemos a realização da cirurgia”, relatou a filha. Ainda segundo Geni, sua mãe vem tendo assistência da médica oftalmologista Dra Mariana de Souza que a encaminhou para atendimento específico em Divinolândia. Rosa diz que sentiu uma melhora de uns 20% na vista operada, suficientes, devido aos demais problemas, para melhorar um pouco a visão cansada. Otimista, acredita que em breve poderá retornar às atividades que realizava com grupos da terceira idade. “ Melhorei um pouquinho mas é preciso melhorar ainda mais e vou conseguir se Deus quiser”, afirmou.
Cada operação durou de 3 a 8 minutos, pois foi utilizado um método moderno e altamente sofisticado, em que as lentes são introduzidas por uma espécie de cânula quase microscópica. A Secretaria de Saúde informou que uma nova rodada de cirurgias de catarata está prevista para o segundo semestre, provavelmente entre outubro e novembro.
Dona Rosa terá atendimento especializado
Fernando, Neusa e o neto Murilo: nova cirurgia aguarda a esposa
Veronezzi: elogiou atendimento
Laqueaduras e vasectomia disponíveis
Paralelamente ao esforço para realizar as cirurgias de cataratas, a Secretaria Municipal de Saúde está agendando entrevistas com mulheres interessadas em fazer a cirurgia de laqueadura, que impede a gravidez e , oferece ao público masculino, também desde que preenchidos alguns requisitos, a vasectomia, cuja finalidade também tem a finalidade de esterilização .
A enfermeira Vera Vômero informou que a entrevista com uma enfermeira das UBS é obrigatória neste processo. “ Na verdade é uma equipe multidisciplinar que vai explicar quais são as condições legais existentes para que o procedimento seja realizado, envolvendo além do pessoal da enfermagem a atuação de um psicólogo e de um assistente social”, esclareceu.
A cirurgia tem que contar ainda com o aval do médico que vai averiguar caso a caso com base nas informações coletadas pela equipe multidisciplinar. A Secretaria de Saúde já tem contratado os serviços de um cirurgião obstreta , um auxiliar e um anestesista para a realização destes procedimentos. Quem tiver dificuldade de agendar a consulta nas UBS por causa do horário de trabalho, terá oportunidade de fazê-lo, segundo Vera, no CAIS Irmã Angélica a partir das 18h00.
Vera: procedimento envolve conversa com equipe multi disciplinar