Os juros pagos pela Itália para tomar dinheiro emprestado em seus títulos voltaram a bater recorde hoje (25) nos mercados financeiros. Os papéis com vencimento em dois anos superaram 7,8% e ficaram muito acima dos juros de 4,6% pagos pelo país na última venda, há um mês. O país emitiu 2 bilhões em títulos com esse prazo.
A Itália também tomou emprestado 8 bilhões de euros por intermédio da emissão de títulos de seis meses, pagando 6,5% - quase o dobro dos juros de 3,5% pagos um mês antes. Para analistas, mesmo depois da aprovação do pacote de austeridade e da saída de Sílvio Berlusconi, o mercado ainda não está convencido da estratégia italiana para manter sua dívida sob controle.
Ontem (24) o recém-empossado primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, reuniu-se com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Ele pediu o apoio de ambos para as medidas de contenção que serão adotadas pelo governo italiano.
O plano de austeridade que será adotado por Monti gera polêmicas na Itália. Os contrários à proposta temem aumentos de impostos e tarifas públicas, redução e cortes de salários, além de demissões no funcionalismo público. As medidas estão incluídas nas exigências feitas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pela União Europeia (UE).
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