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Itapira, 03 de Dezembro de 2024
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29/11/2014 | Na Patagônia, itapirenses aceleram menos e contemplam mais

Amigos foram prestigiar a partida dos itapirenses

Os itapirenses Júlio Luís Rec­chia e Fernando Trigo Martins, que deixaram a cidade no sába­do, 15, com destino ao Sul do planeta, já estão na Patagônia. Depois de rodarem, em média, 700 quilômetros por dia em suas motos, ambos já estão na Patagônia, bem perto de Ushuaia, ponto do continente americano mais próximo do Polo Sul, e agora é a hora de acelerar menos e contemplar mais as belezas naturais que o lugar oferece.

A viagem terá cerca de 14 mil quilômetros e começou no sábado tendo como principal destino Ushuaia, a cidade mais ao sul de todo o planeta, locali­zada na Argentina, em uma ilha chamada Tierra del Fuego, e separada da Antártida somente pelo Estreito de Drake. Recchia viaja em uma BMW F800 GS e o Trigo Martins com uma BMW GS 650. “Nossa viagem começou muito bem. Para nossa surpresa, quando chegarmos ao ponto combinado para a partida, um grupo de amigos nos esperando para se despedir e, além disso, ainda nos acompanharam no início do trecho”, disse Recchia.

Daí em diante Recchia e Trigo seguiram em frente em direção de Foz do Iguaçu-PR por onde saíram do Brasil. “Foram 600 quilômetros até Sarandi, no Paraná, depois mais 500 até Foz, 650 até Paso de los Libres, já na Argentina e no outro dia mais 750 até Casilda, cidade vizinha a Rosário”, contabilizam. Na quinta-feira, 20, ambos rodaram mais 700 quilômetros até Santa Rosa, praticamente a porta de entrada da Patagônia.

“Até agora foi só viajar, entra­remos na região que sonhamos e então vamos comtemplar mais e acelerar menos”, explicou Recchia, por meio da rede social Facebook, canal utilizado para passar as informações sobre a aventura. “Até o momento tudo foi muito bem, rodamos algo em torno de três mil qui­lômetros, sempre com tempo bom, sendo que o calor foi o que mais incomodou”.

Para Fernando Trigo Martins a viagem tem sido tranquila, com muitas belezas para se ver. “Por enquanto tudo tem corrido bem, como esperávamos. Longas distâncias, longas mesmo com retas intermináveis e paisagens se desertificando conforme descemos. É interessante notar como não há matas, como as conhecemos, na Argentina. Parece uma mistura do nosso Pantanal com nosso semi árido. E, se a vegetação já mudou muito, a fauna também acompanhou a mudança. Pássaros diferentes e muita borboleta por todo o caminho”, disse.

Recchia ressaltou também a hospitalidade do povo argentino. “São muito educados e hospi­taleiros, em toda a Argentina somos muito bem tratados, nos perguntam sobre a viagem, sobre as motos, nos dão infor­mações precisas e sentem prazer em ajudar”, frisou. “Um pouco antes de Rosário, uma grande cidade argentina que teríamos que atravessar, tanto o meu GPS quanto o do Fernando parou de funcionar misteriosamente. Ficamos meio perdidos procu­rando a ruta 33 que daria acesso ao sul da Argentina, ao solicitar ajuda aos camineros, a polícia argentina, estes foram de uma atenção extrema nos conduzin­do até a ruta. No ano passado tivemos uma experiência ruim com a polícia argentina na nossa viagem ao Atacama, por isso é justo agora eu citar esse fato”.

Para Fernando Trigo Martins não está sendo diferente. “Hoje começamos a sentir a mudan­ça climática, esfriou bastante. Esperamos muito frio e vento pela frente, mas estamos pre­parados. Também observo, sem me surpreender, pois aconteceu em outras viagens, a enorme receptividade do povo argentino, com extrema simpatia e curio­sidade pela nossa jornada. Eles tem nos dado dicas de extrema importância, que nenhum mapa ou GPS possui”, confirmou.

No trajeto os itapirenses têm encontrado muitos outros aventureiros, que mostram a mesma vontade de conhecer novos lugares. “É prazeroso en­contrar na estrada aventureiros de toda espécie, encontramos uma dupla de motociclistas maranhenses que voltava de Ushuaia, sem dinheiro e sem muito agasalho, nos alertaram sobre o vento muito forte que iríamos enfrentar mais abaixo”, disse Recchia. “Encontramos um ciclista malabares que corria o mundo dessa forma, pedalando e fazendo malabarismo. Prazeroso também é a comida argentina, a parrila, o lomo a lo pobre, chourizo e empanadas”.

Patagônia

De acordo com o roteiro tra­çado antes da viagem, Recchia e Trigo Martins deveriam alcançar a Patagônia nesta sexta-feira, 21. “Amanhã entraremos na Patagônia e virão guanacos, flamingos, pinguins, lobos ma­rinhos, lagos, rios caudalosos, montanhas e vales”, disse Rec­chia na quinta-feira. “Só espero captar um pouco dessas belezas pela lente de minha máquina fotográfica”.

 

 

Itapirenses têm encontrado muitos aventureiros no caminho

 

Ushuaia cada vez mais perto

Recchia e Trigo Martins já estão na Patagônia

Fonte: Da Redação do PCI

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