Proprietários, colaboradores e amigos se reúnem anualmente para a realização da campanha

A campanha Natal Legal organizada pelos proprietários, colaboradores e amigos da Sorveteria Cabral chegou ao seu quinto ano consecutivo no último domingo, 15, quando cerca de 60 pessoas saíram às ruas distribuindo sorvetes e balas pelos bairros da cidade. A campanha é feita sempre um domingo antes do Natal e a exceção desse ano se deu por conta que na mesma data haveria outros grupos solidários na cidade realizando ações semelhantes.

O projeto teve origem em 2009, quando um dos proprie­tários teve a ideia de reviver a ação de um de seus tios que, há muitos anos, distribuía dim­-dim nessa época do ano. A sócia-proprietária Daiane Ca­bral explica que na primeira vez tudo ocorreu de maneira repentina, mas mesmo assim chamou atenção. “Juntamos alguns colaboradores e amigos e produzimos três mil picolés. Mas acabou tudo rapidamen­te, deu apenas para fazer um bairro”, conta.

Nos anos posteriores, a estrutura foi aumentada com sete mil picolés e um cami­nhão refrigerado. Mais bairros também foram beneficiados pela entrega dos sorvetes e a campanha foi ganhando re­conhecimento.

Com o sucesso da ação, mais e mais crianças e adultos passaram a ficar atentas aos rojões e músicas que marcam a aproximação dos ‘sorveteiros solidários’. Devido a isso, em 2013 a produção de picolés atingiu a marca de 16 mil uni­dades que foram suficientes para atender à população de cerca de 10 bairros.

Daiane Cabral explica ainda que a ação demanda trabalho e colaboração de várias pes­soas. Segundo ela, nada seria possível sem a disponibilidade dos funcionários que estendem as horas trabalhadas, dos for­necedores que ajudam com matéria-prima em geral e dos amigos que colaboram com mão de obra. “Às vezes bate o desânimo, porque é cansativo e gera bastante trabalho. Mas quando as pessoas começam a ligar para nos ajudar e pensa­mos na alegria de todas aquelas pessoas ficamos entusiasmados novamente”, declarou.

Sobre a sensação de realizar esse tipo de ação solidária, Daiane se emociona e afirma que não há nenhuma outra pa­lavra para definir o sentimento além de gratidão. “Por mais que pareça simples a gente vê a alegria no rosto das pessoas. Muitas vezes pouca coisa faz toda a diferença. E mesmo com o cansaço no fim do dia todos já tem em mente que no próximo ano tudo aconte­cerá novamente, e cada vez melhor. É muito bom e muito gratificante”, declarou.