A regra vale para qualquer eleição democrática do mundo. Declarado o vencedor, o derrotado reconhece o resultado e os palanques são desmontados. No Brasil, desta vez, os desmontadores trabalham a passos de tartaruga. Há duas semanas que assistimos aos desdobros de uma eleição muito disputada. Uma eleição marcada por adversidades, reviravoltas nas pesquisas e pelo alto grau de agressividade dos candidatos e da população que vestiu, sem medo, a camisa do preferido.
utro detalhe que marcou essa eleição foi o sistemático uso de que o outro lado estava mentindo. Sem entrar no mérito de quem estava com a razão, há de se refletir: foi um processo que pode ser classificado como normal? Podemos esperar mudanças nesse cardápio eleitoral nas campanhas futuras?
Não devemos nos esquecer de que esta foi apenas a sétima eleição consecutiva para presidente do Brasil. Um fato inédito nos quinhentos anos da nossa história. Lembremos, também, que saímos há pouco de uma ditadura militar que durou vinte e seis anos e que até hoje provoca respingos e projeta consequências. Um período que interrompeu a evolução da sociedade e dos candidatos a representá-la. Ninguém nasce sabendo fazer a melhor escolha. Como consumidores, por exemplo, levamos tempo para aprender a escolher um simples abacaxi maduro, mas não sabemos ainda, como eleitores, quanto tempo será necessário para aprendermos a não escolher os “abacaxis” da política? Acho que estamos no meio da lição! Essa eleição foi uma prova de fogo.
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