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Itapira, 25 de Novembro de 2024
Notícia
16/03/2015 | Nino Marcati: O lado bom da Dengue

Como tudo na vida, nem tudo é cem por cento bom ou perfeito, muito menos cem por cento ruim ou malditoso. Tudo depende de quem, do lado que se olha e do tempo de maturação. Classificar tudo de forma negativa é, no mínimo, característica de depressão irreversível. Será que depois de tantos casos confirmados, de tantas mortes resultantes e sofri­mentos podemos encontrar algo bom na dengue atualizada?

Os laboratórios Fleury, reconhecidos pela excelência dos serviços prestados, explica que a dengue é uma doença que ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. Diz, ainda, que é uma doença que evolui de forma benigna quando corretamente tratada. Quer dizer, a dengue é aquela parte ruim do pacote que o brasileiro ganha quando nasce, queiramos ou não, mas que não é tão raivosa como tantos males que assolam este mundo de Deus.

Até então, a dengue nunca recebeu das instâncias go­vernamentais a atenção necessária apesar do farto material protocolar disponível. A impressão que se tem, é que por acreditar que a ação do mosquito é aleatória territorialmente, era preferível esperar os acontecimentos a distribuir verba e material para todos os cantos deste país, creditando à população a responsabilidade pela prevenção e o combate a cargo dos municípios. Sinceramente, não vejo expectativa de mudanças nessa área. Faltam recursos para isso. Precisamos aumentar a nossa produtividade até a casa do chapéu. Enquanto isso, estamos percebendo, a duras penas, que: ou nos envolvemos e fazemos a nossa parte ou o preço da desgraça cairá sempre sob as nossas cabeças. Ruim? Talvez! Uma grande lição está em curso: a de que o exercício coletivo protege cada um de nós e a ignorância individual prejudica toda a coletividade. Esse aprendizado, quando concluído, não repercutirá apenas na dengue, mas em todas as decisões que afetam o dia a dia da nossa sociedade.

A dengue, até agora, era considerada uma doença de gente pobre. Que só acometia as regiões periféricas por conta dos descuidos e da falta de higiene. Descobrimos que os mosqui­tos não respeitam fronteiras, tampouco escolhe sangue para se alimentar. Os governantes começaram a entender que as ações preventivas, planejadas, são positivas do ponto de vista político e economicamente palatáveis.

Não faltará quem diga que certas medidas, aqui ou acolá, somente são tomadas depois que viola vira caco. É assim que a maioria dos países age principalmente os de poucos recursos e grandes demandas. Tudo vem em função das experiências vividas. Na prática, nós cidadãos agimos da mesma forma. Remamos com a correnteza.

Finalmente, do ponto de vista pessoal, ao contrário de alguns conhecidos, amigos e familiares, pouco sofri com a dengue. Não passei pelos sintomas mais agressivos, em uma semana já estava na ativa e com incríveis três quilos a menos. Nada mal para quem planejava perder tanta gordura em um tempo mais longo. Há dengue que vem para o bem!

 

Fonte: Nino Marcati

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