No último sábado, a cidade de Itapira comemorou mais uma conquista. Uma conquista esportiva, uma conquista da Esportiva Itapirense. Depois de quase quatro meses demonstrando raça, amor à camisa e dedicação, os jogadores da Vermelinha e o treinador Paulinho Ceará puderam, enfim, soar o grito do acesso. Mais do que uma conquista da Sociedade Esportiva Itapirense, a vitória sobre a Internacional de Limeira por 2 a 1 foi uma vitória de todo o povo Itapirense, que mesmo sem ter um representante na elite do futebol nacional, é apaixonada pelo esporte de maior referência no país.

 

Mais do que conseguir o maior feito de sua história, a Vermelinha construiu uma história também dentro do campeonato paulista da Série A3. O “Kueio”, como é carinhosamente chamado por seus torcedores, foi o único time invicto como mandante durante todo o Campeonato. Em 13 jogos, foram onze vitórias e apenas dois empates. Mas por que tanto êxito jogando no “Chico Vieira”? A explicação é uma só: é bem mais fácil jogar futebol quando se tem uma torcida que vibra a cada jogada, que comparece ao estádio e grita, durante toda a partida, o característico “Vamo subir Kueio”!

 

Na partida de decisão contra a Inter de Limeira, não faltaram batucadas, rojões, bexigas e aplausos para a Vermelinha. Foi suado, sofrido, um 2 a 1 apertado,com direito até a pênalti muito bem defendido pelo goleiro Mateus, mas não podia ser diferente, afinal, era um jogo para a história.

 

A invasão ao gramado no apito final poderia soar como falta e educação ou vandalismo, mas não foi nada disso. O torcedor que se viu refletido dentro do campo durante 90 minutos queria apenas dar um abraço e dizer um “muito obrigado” aos heróis. Foi lindo ver o treinador Paulinho Ceará com lágrimas nos olhos, bem como todos os jogadores do elenco, que também souberam agradecer ao apoio que tiveram durante todo o campeonato.

 

Seja bem-vinda a Série A2, Vermelinha! Seja bem-vindo a mais um degrau da história esportiva da cidade, povo itapirense! Mais do que “o clube que revelou o capitão de 1958”, a Esportiva escreveu o seu nome na história do futebol paulista. No “Chico Vieira”, a festa é sempre da cidade de Itapira. 

 

 

Gustavo Freitas