Acompanhando uma tendência que vem sendo registrada também na maioria das outras cidades, o endividamento em Itapira tem apresentado viés de elevação. Em comparação com o mesmo período do ano passado, de janeiro a junho deste ano, a relação de pessoas que ficaram com o nome sujo no sistema conhecido como SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito - gerenciado pela Associação Comercial e Empresarial de Itapira), saltou de 4.737 para 6.572, aumento de quase 39%.
O valor total que era de R$ 2.745.825,04, pulou para R$ 4.065.930,64, cerca de 48,1% a mais. O total de dívidas contraídas saltou de 10.700 para 15.601. O valor médio das dívidas, no entanto , continua baixo. Era de R$ 231,39 e passou para R$ 260,62. O valor médio por devedor passou de R$ 522,66 para R$ 618,67.
Devedores com uma única dívida eram 2.849 e subiu para 3.823. Com duas até cinco dívidas eram 1.504 e passou para 2.164. Com seis a nove dívida; de 255 para 364 e com 10 ou mais dívidas, de 129 para 221. Ainda conforme dados divulgados pela ACEI as mulheres somam 2.071 membros do clube dos endividados, contra 1.429 pessoas do sexo masculino. O contingente com até 40 anos de idade responde por 1.671 devedores.
Pesquisa realizada pela Associação Comercial de São Paulo, divulgada nesta semana pelos principais veículos de informação, aponta que a situação geral se assemelha com o quadro registrado em Itapira, com aumento do número de prestações em atraso e diminuição do número de renegociação de dívidas. Outro fator que a pesquisa destaca é o esfriamento dos negócios durante a Copa do Mundo com queda de até 6% em média. “Acreditamos que foi um fenômeno localizado, ocasionado pela disputa da Copa do Mundo, que desviou o foco e a atenção da maioria das pessoas. Acredito que os negócios começarão a melhorar e indicadores oficiais atestam que em maio houve aumento nas vendas na ordem de meio por cento, corroborando com a ideia de que o esfriamento deveu-se à disputa da Copa”, analisou José Aparecido da Silva, presidente da ACEI.
O gerente da entidade Rafael de Oliveira Pedroso, que também coordena o atendimento do SCPC, acha que a inadimplência continua sendo um fator de preocupação. Ele sinaliza que a ACEI está preocupada com a persistência nos indicadores de alta e anuncia que a entidade está programando uma campanha de reabilitação de crédito ainda neste segundo semestre. “Precisamos encontrar uma forma de levar ao público consumidor uma campanha de esclarecimento demonstrando a importância de se fazer bom uso do crédito”, defendeu.