Da BBC Brasil
Brasília - O governo da Argélia afirmou hoje (20) que pode aumentar o número de reféns mortos depois de quatro dias de ataques de forças argelinas a uma refinaria de gás no deserto do Saara invadida por extremistas islâmicos. Segundo o ministro das Comunicações argelino, Mohammed Said, o número final de mortos deve ser divulgado nas próximas horas.
Em uma entrevista para uma rádio argelina, Said afirmou que o número de mortos "infelizmente, vai ser revisado para cima". Ele acrescentou que os militantes responsáveis pelo sequestro são de seis nacionalidades diferentes, "países árabes e africanos e de países não africanos".
Até o momento, o número de reféns mortos é 23. Britânicos, americanos, noruegueses e japoneses estão entre os desaparecidos depois do cerco à refinaria no sul da Argélia, que foi encerrado por um ataque do Exército argelino realizado ontem (19). O governo argelino diz que os soldados mataram 32 extremistas. As autoridades informaram que o Exército lançou o ataque final depois que os militantes islâmicos começaram a matar os reféns estrangeiros.
Neste domingo, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, confirmou que três britânicos foram mortos durante o sequestro. Outros três continuam desaparecidos. Segundo o ministro do Exterior da Grã-Bretanha, William Hague, as autoridades do país estão "trabalhando duro" para localizar os desaparecidos.
Edição: Davi Oliveira
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