Mede-se a competência da diretoria de um clube quando ela consegue, dentro do orçamento que tem evoluir o patrimônio, oferecendo aos associados recursos físicos e sociais em resposta à contribuição paga mensalmente. É o caso da Sociedade Recreativa Itapirense.
Mede-se o grau de eficácia de uma diretoria quando ela não só cumpre o chamado “feijão com arroz”, mas extrapola e encara desafios, mesmo aqueles que todo mundo diz que não adianta insistir. Também é o caso dos diretores da Recreativa.
O Carnaval de Itapira está praticamente morto. Falta a extrema unção. Os clubes de Itapira não souberam acompanhar a evolução dos tempos e deixaram o carnaval de salão à sua própria sorte. Resultado, hoje, praticamente, inexistente. Sobraram os bailes do Havaí como se anunciassem grandes festejos de Momo, o Grito da Banda Musical de Itapira e os bairros rurais, quase todos à base de Dj.
O carnaval de Itapira, deste ano, mais uma vez se sobressai na programação de rua, com desfile de blocos, uma escola de samba local e outra de fora, cujos investimentos totais devem ultrapassar a casa dos R$ 250 mil. Um carnaval de rua que parece existir, para não dizer que está morto. Praticamente sem envolvimento da comunidade. Apoiado nas iniciativas de alguns líderes carnavalescos ou bons investidores de verbas públicas.
Diante da corajosa iniciativa da Sociedade Recreativa Itapirense, parece que há uma luz no fim do túnel. Com a inauguração do salão social no final do ano passado, o carnaval não poderia ter ficado fora dos eventos do clube. E não ficou.
Neste sábado, 18, o primeiro teste. Cerca de 1.500 pessoas prestigiaram a primeira noite. A maioria, associados. O resultado mais impressionante, estampada no rosto de cada um, era a alegria, a noite toda, a irreverência, demonstrando o verdadeiro espírito do carnaval, como se lá, essa festa, nunca tivesse sido abandonada. Teve momentos em que as mesas ficavam vazias. Onde estava todo mundo? No meio do salão.
Outro fator muito bem observado foi a presença de famílias inteiras. Do neto ao avô. Um fato raro nas festas ou bailes da atualidade. Só o carnaval tem o condão de propiciar alegria a todas as gerações. As musicas são atreladas à tradição, não separam os gostos etários.
Banda TransaSamba, apesar de não se mostrar totalmente preparada para um carnaval, conseguiu dar vazão à energia dos foliões. A má preparação verificada, não é crítica à banda, pois ela reflete os parcos investimentos em bandas de carnaval ao vivo, nos últimos anos. Mas o TransaSAmba não decepcionou, deu conta do recado, fez as marchinhas e sambas de carnaval dominarem o repertório.
Além da banda e decoração especial que ajudou no clima, a diretoria contratou um grupo de mulatas ritmistas que coloriram a primeira noite, mexendo e agitando o público, mostrando que o carnaval está aberto às inovações, sem ter necessidade de alterar os seus princípio básicos, a sua tradição.
A primeira noite de carnaval, tradicionalmente, sempre foi a mais fria. Era aquela que servia para entronizar os foliões no reinado de Momo. Na Recreativa, a julgar pela temperatura elevada de ontem, para hoje e manhã a festa deverá apagar os maus tratos que Itapira deu ao carnaval de salão.
E o Pasté viu... E disse: “ulalá... bicho bom, bicho bom”
A idéia era colar o selo do carnaval da Recreativa, mas...
Carnaval é isso. É irreverência...
Bastou “um belo beliscão” da esposa Angela para ele fazer essa pose com cara de santo.
Carregando aguarde...
Itapira, 01 de Julho de 2024
19/02/2012 | O carnaval da Recreativa veio para ficar 
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