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Itapira, 27 de Novembro de 2024
Notícia
21/10/2012 | O Grande Itapirense de Todos os Tempos: os três mais votados

 CORONEL FRANCISCO VIEIRA

                                                                       
 
 
 
 
 
 
Francisco Vieira, nasceu em Itapira no ano de 1881, ainda época do Império. Filho do Sr. Joaquim Francisco de Assis Vieira e Dona Alexandrina da Silva Vieira, católicos, e por ser criado à luz desses valores, seguiu a religião de seus pais. Estudou no Colégio São Luiz na cidade de Itú até 1897 e após, no Ginásio Paulista, na cidade de São Paulo até 1899. Ingressou na Escola de Farmácia e Odontologia, onde se formou em Farmácia no ano de 1903, com muitos méritos escolares. Em 1904 casou-se com Dona Isaura da Silva Vieira, consórcio do qual vieram ao mundo, os filhos: Maria Aparecida Bueno (esposa de Dorival Bueno), Francisco Vieira Filho, Isaura Souza (esposa de Ollinto Meirelles de Azevedo Souza), Ivete Job (esposa de Abel Job) e as jovens Ivonnete, Ivone e llze. 
 
 
 
 
 
Regressando à nossa cidade, montou seu negócio nessa área e, por muitos anos foi excelente farmacêutico. Além desta empresa, participou e/ou criou outras: serraria, fábrica de gelo, de mosaicos, tecidos de algodão e da fábrica de parafusos de fenda em São Paulo. Construiu também vários prédios em Itapira. Em 1928 possuía 13 casas.
 
 
 
 
                                                   FOTO DE 1934 NA PRAÇA – SOBRADO DO CORONEL CHICO VIEIRA
 
 
 
Na política, logo em 1910, foi eleito vereador e indicado como Intendente. Foi presidente da edilidade até 1930. Foi membro do diretório do PRP - Partido Republicano Paulista de 1916 a 1930 e posteriormente diretor do Partido Constitucionalista. Foi eleito deputado para a Câmara Estadual em 14 de outubro de 1934.
 
Durante o mandato como Intendente, soube dotar a cidade de importantes melhoramentos sem contanto, abalar o erário municipal. Em 1917 fundou o Tiro de Guerra e, no mesmo ano, a instalação da Cruz Vermelha, presidida por sua esposa. Em 1918, com a gripe espanhola, grassando em nosso solo, ele por ser farmacêutico, foi incansável no atendimento da população.  Em 1924 presidiu a Escola Comercial. Ainda em 1924, a instalação do Banco Comercial do Estado de São Paulo, sendo ele o gerente até 1934. 
 
Participou ativamente das revoluções de 1924, 1930 e 1932. O titulo de Coronel que detinha, visto que ele não era membro do Exército Brasileiro, era uma patente devido a sua ligação com a Guarda Nacional. Após o grito do Ipiranga em 1822, por cautela, foi fundada, oito anos depois, por decreto, a Guarda Nacional. Contava com civis e a finalidade era de servir e honrar a Constituição, a liberdade, a integridade do povo e auxiliar o exército na defesa do solo pátrio por mar e terra. Então, os títulos de coronel, tenente, capitão, major, eram dados aos chefes políticos das várias cidades brasileiras. Foi o caso de Francisco Vieira, conhecido como Coronel Chico Vieira. 
 
No futebol, foi admirador e incentivador ardoroso.  Odete Coppos narra em seu livro: “...Era presidente do Sport, o mais poderoso esquadrão futebolístico de Itapira. Para reforçar o seu “11”, que era a sua maior vaidade, trouxe para o time um jogador de fora, verdadeiro demônio da pelota e de nome Carabina. Daí aquela piada na boca do povo: no ano de 1923 entrou em Itapira a Carabina de efeito arrasador, por ordem do Coronel Chico Vieira, o manda-chuva da cidade, mas que, embora bom atirador, não feriu e nem matou ninguém.” Em 28 de maio de 1951, através da Lei n. 92, o Estádio Municipal passa a se chamar “Coronel Chico Vieira”, pela assinatura do então prefeito em exercício Marcelo Avancini.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em 1909, Itapira conheceu o automóvel. Três primeiros automóveis rodaram pelas ruas da cidade e, um deles era de propriedade dos senhores Dr. Norberto da Fonseca e Cel. Francisco Vieira. 
 
Como não podia ser diferente, a cidade o homenageou com uma herma (seu busto) que está na Praça Bernardino de Campos, ao lado do monumento das Bandeiras e da herma de João Nogueira. Homenagem mais que justa a alguém que fez muito pela terra onde nasceu e prosperou.  
 
Fonte: Museu Histórico Pedagógico Virgolino de Oliveira
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O grande radialista Paulo Marin
 

Falar de Paulo Roberto Marin é muito fácil, difícil é falar tudo dele, pois seriam necessárias muitas páginas de jornal. Quem foi Paulo? Foi para Itapira um comunicador de rádio que respeitava seus ouvintes, era muito querido pelos de mais idade e respeitado pelos mais novos. Uma de suas virtudes era o enorme carisma que ele tinha por todos. Quantas pessoas foram ajudadas por ele no Clube Comunidade. O Paulo, apesar de ter sido apresentador de diversos programas radiofônicos na Rádio Clube, de ter seu comércio e ser excelente músico, tinha seu conjunto abrilhantando várias festas, carnavais, etc.
 
Ele era muito tímido, pois as vezes, quando ele falava alguma coisa para alguém e pensava que a pessoa talvez não gostasse, ele já falava em seguida: “é tudo brincadeira viu!!!”
 
Paulo Marin foi dono de uma das maiores vozes do rádio. Eu tenho grande orgulho de possuir um arquivo de muitas fitas de programas que fizemos juntos, reportagens, carnavais dos clubes de Itapira, etc. Hoje Paulo está na Rádio Celeste, junto com muitos outros comunicadores que também se foram. 
 
Bem, de tudo o que eu ouvi de meu amigo Paulo Marin, o que mais me emocionava era quando ele falava no programa Clube Comunidade.
 
“Toninho Finelli é o irmão que eu não tive!”
 
Compadre Paulo, até um dia quando todos vamos nos encontrar e talvez fazermos juntos um “Super Plá”, como no início dos anos 70.
 
Onde quer que você esteja, temos certeza que está com os Anjos de Deus.
 
Abraço querido amigo!
 
Toninho Finelli 
 
 
O comerciante Arthur Baiochi Netto

 

Arthur nasceu em Itapira no dia 31 de janeiro de 1932, no bairro da Santa Cruz, filho do casal Tereza Lanzoni Baiochi e João Baptista Baiochi. Eram seus irmãos Valmir, Irineu e Cecília (Sila). Depois dos estudos no estabelecimento de ensino itapirense, o Grupo Escolar Dr. Júlio Mesquita, a maioria das crianças deviam ajudar seus pais, dando início a uma carreira profissional, um trabalho que em nada desabonava os pequenos, pois todos, indistintamente, deviam trilhar os melhores caminhos da vida. Seu primeiro emprego foi na fábrica de enxada dos sócios Domingos Pegorari (Meneguim) e Francisco Viviane, também conhecido com Tio Chico. Tempos depois seria “matriculado” na indústria dirigida pelo “seu” Albano Pegorari e filhos, com o mesmo ramo de fabricação de enxadas e enxadões e outras ferramentas.

Mas o Tinho não desejava continuar sendo apenas um empregado com registro em carteira profissional, mas queria ter o seu próprio negócio, e então, com a anuência dos patrões se desliga da firma e procura montar uma pequena fábrica de gaiolas aramadas, sendo que a mesma funcionou no então prédio da “Farinheira” dos irmãos José e Aparecido Stringuetti, localizada na esquina da rua Saldanha Marinho com a 13 de Maio.  Foi ali então que o ainda jovem Arthur Baiochi Netto daria início a sua carreira de empresário, fabricando e comercializando as famosas gaiolas “anatômicas”, feitas de sarrafo de madeira e arame, cuja produção era vendida pelos quatro cantos de nosso estado e pelas cidades de Minas Gerais. Os comboios ferroviários da Mogiana se incumbiam do transporte dos volumes com as encomendas da freguesia.

Na década de 50, conjuntamente com a fábrica de gaiolas, o Tinho deu início ao que seria nos dias de hoje as vendas a prestações, quando as primeiras bicicletas Monark, já fabricadas no Brasil.

Da 13 de Maio ele se mudou para a Av. Rio Branco, quando pode mesclar mais o atendimento para com sua freguesia, oferecendo móveis, colchões e eletrodomésticos, além de ter montado uma oficina para conserto e assistência aos clientes que possuíam as “magrelas” Monark e depois Caloi.

Pelos idos de 1957, a loja muda da Av. Rio Branco para a Rua José Bonifácio. Outras representações e marcas famosas vieram somar às já comercializadas, como fogões Brasil, Ultragaz, Walita, Arno, Vigorelli, Semp, colchões de molas Rio Branco. Os televisores Semp e Colorado empolgavam multidões. Também as famosas rádios vitrolas da marca Zilomag entretiam aqueles colecionadores de álbuns de disco de sucesso.

Mas tarde, os conjuntos estofados com três peças, o sofá cama e duas poltronas individuais, passaram a embelezar lares da cidade e de sítios e fazendas. Foi o auge das compras financiadas com longos prazos, juros baixo e mercadorias que alegravam os lares mais modestos, mas com capacidade de dar guarida ao que antes era privilégio das elites.

Na pequena loja da Rua José Bonifácio, 224, prestou serviços Irineu Baiochi, irmão de Tinho, e após sua saída para montar sua indústria de calçados, passou a prestar serviço ao Arthur Baiochi o jovem Arlindo Bellini, então com 18 anos de idade, recém transferido do jornal Folha de Itapira. Era o dia 08 de setembro, dia Nossa Senhora da Penha, então padroeira da cidade.

Com a crescente demanda, o prédio passou a ficar insuficiente, fazendo com que Arthur firmasse contrato com o Sr. Lázaro Andrade, transferindo sua loja para o numeral 118, onde no passado havia funcionado a loja Pernambucanas. O prédio mais amplo e central, possibilitou um maior fluxo de clientes e passou a ter novas representações de móveis e eletrodomésticos.

Marcas como Brastemp e Clímax eram encontradas entre as demais, sempre procurando oferecer o melhor atendimento. Para a assistência e montagem de antenas e televisores, estava Valmir Baiochi, que sabia onde se encontravam os defeitos das peças.

Mas seu plano de crescimento não estava completo. Foi quando adquiriu um amplo imóvel na rua XV de Novembro, 45, construindo ali sua segunda loja na parte térrea e sua própria residência no andar superior.

Em 24 de outubro de 1971, Baiochi inaugurava sua nova loja na José Bonifácio, com linhas modernas e arrojadas para época, embelezando ainda mais o patrimônio imobiliário da cidade.

Arthur Baiochi Netto foi casado com Maria Luiza Bertini, de cujo consórcio nasceram três filhos: Luciene (in memorian); João Bosco, casado com Selma Aparecida de Godoy Baiochi, que são pais de Caroline e Rodolpho; e Arthur, casado com Andreia Gusson Baiochi, que tem dois filhos: Arthur e Luiza. Em segunda núpcias, ele foi casado com Maria Benedita Sieve Baiochi.

Embora nascido em berço simples, Arthur buscou trilhar os melhores caminhos, sempre tendo em mente um objetivo concreto pelo qual lutava com afinco, fazendo com que os obstáculos fossem suplantados.

Ao partir em 24 de janeiro de 2010, pode deixar um legado composto da mais sólida educação para com seus filhos e ao mesmo tempo deixar marcas que jamais se apagarão, principalmente para com aqueles que com ele puderam trilhar os mesmos caminhos. Uma vida simples, mas que se tornou grandiosa no momento em que pode vislumbrar a glória da eternidade.

E a José Bonifácio, a nossa principal rua comercial, pode acolher aquele que na década de 50 a escolheu como sendo um ponto ideal para montar sua pequena loja e atender sua freguesia que o tinha como amigo em primeiro lugar e depois como o comerciante que se esmerou ao longo de mais de meio século com seu estabelecimento comercial que viria a se tornar a hoje tradicional e conhecida “Casas Baiochi”.

 

 
 
 
 

 

Fonte: Da Redação do PCI

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