Quem circula pelo alto da Rua Rui Barbosa não tem deixado de notar que tanto a sede administrativa como a ETA (Estação de Tratamento de Água) do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgotos) vem passando por reformas de remodelação e ampliação. No caso da ETA, as reformas se dão numa dimensão mais ampla.

Conforme explicou o engenheiro Lucas Pereira Gardinalli, diretor-técnico do SAAE, a autarquia está investindo pouco mais de meio milhão de reais destinados na forma de financiamento pela SANEBASE (Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos) do governo paulista para a implantação de um sistema de telemetria que vai permitir a padronização do sistema de monitoramento de todos os 12 reservatórios da zona urbana mais a Ponte Nova. As obras começaram em abril e devem estar concluídas até o final de outubro com a conclusão da sala de monitoramento e consequente instalação de equipamentos de ponta para esta finalidade.

“A implantação do Sistema de Automação e Telemetria do Sistema de Abastecimento de Água do SAAE permitirá obter o controle efetivo da captação, produção, armazenamento e distribuição de água, utilizando ferramentas precisas, que concedam uma visão ampla do processo, dinamizando as análises e ações, além de gerenciar e otimizar a distribuição da água, no sentido de se controlar perdas e garantir a equidade no abastecimento da população do município. Este novo sistema também permitirá, no futuro, acionamento à distância de conjuntos moto-bombas, válvulas, rearme de alarmes, entre outros”, detalhou Gardinalli.

A implantação do sistema vai permitir, segundo explicou, um maior controle de perdas, além de permitir que a equipe técnica do SAAE se antecipe na solução de algum problema que eventualmente ameaçar o abastecimento. “Atualmente possuímos um índice de perdas de distribuição da água na ordem de 37%, e para um controle efetivo do sistema visando reduzir as perdas é necessário conhecer todo o detalhamento do sistema de abastecimento, para definir a melhor estratégia de combate às perdas. Além disto, uma das metas do Plano Municipal de Saneamento Básico (em fase de aprovação) e do Plano da Bacia Hidrográfica é a redução do índice de perdas de água para no máximo 25% até 2020”, esclareceu.

Ainda segundo o engenheiro, as perdas de água implicam, além da perda de recursos que estão sendo distribuído após seu tratamento, em desperdícios de recursos adicionais, em especial, com custos de bombeamento desnecessário para atender aos requisitos da demanda. “Atualmente o que existe de automação e telemetria é um sistema de controle de nível de reservatórios muito precário e ultrapassado tecnologicamente, indicando o nível através de bóias e contemplando apenas alguns reservatórios do município”, comentou.

Adutora

Numa outra frente que também tem como objetivo melhorar o sistema de distribuição de água, a autarquia está instalando uma nova adutora de água tratada a partir do bairro dos Prados, com recursos na ordem de R$1.860.083,54, disponibilizados também no programa Sanebase. Iniciada também em abril, a obra deve ser concluída a exemplo do processo de modernização da ETA, no final de outubro.

A nova adutora de água tratada terá extensão total de 2.958 metros, utilizando tubulação em ferro fundido, com diâmetro de 300 mm. Esta adutora interligará a ETA (Estação de Tratamento de Água) ao sistema de reservação de água tratada do Setor Prados, passando pela Rua Sílvio Galizoni, Avenida dos Italianos, Avenida dos Juritis e Rua Francisco de Oliveira Job.

Segundo Gardinalli, o objetivo é aumentar a capacidade de adução de água tratada ao Setor Prados, que beneficiará a população compreendida entre os Bairros dos Prados, José Tonolli e IstorLuppi, e novas áreas que vierem a se desenvolver nestas proximidades, prevendo atender uma população de até 18 mil habitantes. “É uma obra necessária, pensando na garantia de abastecimento ininterrupto para um dos setores da cidade que mais tem se expandido”, defendeu.