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Itapira, 29 de Setembro de 2024
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03/08/2011 | ONU condena violência do regime da Síria contra manifestantes
Gustavo Chacra, correspondente em Nova York

Texto atualizado às 18h01

NOVA YORK - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou nesta quarta-feira, 3, a violência do governo da Síria contra opositores e a violação de direitos humanos na repressão. O órgão chegou a um acordo para aprovar uma declaração presidencial, que tem o peso menor do que uma resolução, mas também precisa ser consensual.

O órgão havia iniciado as reuniões sobre a situação na Síria na segunda-feira, a pedido da Alemanha. antes estudava-se a imposição de uma resolução, mas a medida enfrentaria resistência de membros como Rússia, China e Líbano, aliados de Damasco. Outros países, como o Brasil também não estavam de acordo com a ação.

As discussões sobre uma ação da ONU em relação ao regime do presidente Bashar Assad se devem pela escalada da violência que teve início no domingo na cidade de Hama, no oeste sírio. A cidade está ocupada pelas Forças Armadas sírias há dias e ativistas afirmam que mais de cem pessoas morreram desde então.

Os membros do conselho expressaram sua condenação "ante as violações generalizadas dos direitos humanos e o uso da força contra os civis por parte das autoridades sírias" no texto, lido pelo embaixador indiano Hardeep Singh Puri, atual presidente do órgão. O decreto ainda pede que "a violência cesse imediatamente" e exorta "todas as partes a atuar com máxima moderação" e a "evitar represálias, inclusive contra o Estado sírio".

O único país que discordou do decreto foi o Líbano, onde a Síria exerce bastante influência. O enviado libanês explicou na ONU que Beirute se desvinculou da decisão "porque não quer abordar a atual situação da Síria". "O coração do povo libanês está com os sírios", disse o embaixador Nawaf Salam, que disse também "lamentar a morte de inocentes".

 

Declaração presidencial

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, havia dito que a declaração presidencial seria a melhor forma de o Conselho de Segurança abordar a situação na Síria. O chanceler desconversou quando questionado se o regime de Damasco ainda tinha legitimidade.

Segundo Patriota, o Conselho de Segurança tentou negociar um texto que procurava "reconciliar diferentes perspectivas". "O Brasil, nas consultas informais, apresentou alguns elementos que poderiam aproximar as posições com base nesses termos de referência que estão sendo negociados pelo grupo Ibas (Índia, Brasil e África do Sul). Esses elementos foram considerados úteis pela presidência do conselho", disse o ministro. Os países citados não são favoráveis a uma resolução contra Damasco.

Sem intervenção

A Síria foi criticada internacionalmente por suas medidas agressivas, mas não deve temer o tipo de intervenção militar que a Otan lançou para apoiar os rebeldes da Líbia. Na terça-feira, uma autoridade de alto escalão do governo americano pediu um rápido fim à violência na Síria, mas a perspectiva era apenas de uma pressão diplomática.

"Não há qualquer indício de que os norte-americanos irão, de que iremos nos envolver diretamente com relação a isso", disse o almirante Mike Mullen, chefe do Estado-maior das Forças Armadas a jornalistas ao final de uma visita ao Iraque, segundo a Reuters.

Reuniões anteriores do Conselho de Segurança não conseguiram produzir um acordo para adotar o esboço de uma resolução defendida pelo Ocidente condenando a Síria, ou mesmo uma declaração menos comprometedora.

 

Com Reuters e Assocaited Press

 

 

 

Fonte: Estadão

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