Praticamente todas as pessoas conhecem as famosas “pegadinhas”, frases de duplo sentido que eram frequentes na escola e nos ambientes de trabalho. Antigamente a pornografia impressa e televisiva estava proibida e palavrões não eram comuns; mas os rapazes e crianças gostavam de armar um laço para o colega do tipo: “Conhece o Romeu?”. E o outro: “Que Romeu?”. O engraçadinho concluía: “Aquele que te...”. kakakakakakakaka!
Na revista Piauí número 14 (novembro de 2007) saiu um artigo de Marcos Caetano (comentarista do canal ESPN e colunista do ESTADÃO) onde ele relembra os tempos dessas brincadeiras. Ele chama de “trocadilhos fonéticos” essas frases onde, sem o uso de nenhum palavrão, “dizem-se as maiores barbaridades e patifarias de duplo sentido, sem ser acusado de nada”.
Se você quer aprender um pouco mais da língua portuguesa esses trocadilhos lhe ajudarão a entender o significado de ORTOGRAFIA (conjunto de regras que estabelece a grafia correta das palavras) e FONÉTICA (estudo dos sons da fala). O que significa PROSÓDIA (a variação da pronúncia durante o ritmo da fala), ORTOEPIA (pronúncia normal e correta das palavras), PARONOMÁSIA (emprego de palavras semelhantes no som, mas diferentes na significação) e outros monstrengos da nomenclatura gramatical da língua portuguesa. Divirta-se:
A Coca-Cola lançou o litraço de 4. Quer?
Adoro vitamina, bate uma com mamão pra mim ?
A Tim e o Terra dão celular de graça. Promoção Tim-Terra. Você quer?
Cachorro de várzea late em terra firme?
Como vai a vida? Tá dando bem?
Desculpe por tudo.
É verdade que a Dora dá para os pobres?
Elefante no seco atola?
Eu te adianto um pau e sessenta.
Gosta de danoninho?
Neste carnaval você viu a Mangueira entrar ou estava de costas?
O que eu te prometi está de pé e vai ser cumprido. Só espero uma posição sua.
Preciso de gasolina. Por aqui você tem posto atrás?
Qual o resultado da mistura de quero-quero com pica-pau?
Quanto você acha que eu peso, por cima?
Que time é teu?
Quer ketchup?
Quem que é homem aqui?
Se eu cozinho todo mundo come.
Se você quiser, Paula traz.
Tem culpa eu?
Tudo bem por ai?
Vamos rachar? Mil meu com mil teu.
Você chegou a pouco de fora?
Você é rica, pobre ou dá prá viver?
Você é eletricista? Mexe com força?
Você gosta de café de máquina ou acha que no coador é melhor?
Você tem hora prá dar?
Você topa almoçar depois da uma?
Vou te levar prá comer lá em casa.
Para encerrar cito um blogueiro: “Acho que essas brincadeiras não prestam, pois é por causa delas que eu estou com menos amigos”.
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