Era uma vez...........um imperador muito poderoso que mandou construir para si um “palácio de espelhos”.
Paredes, portas, janelas, tetos eram todos feitos de espelhos.
O imperador era conhecido como um homem muito bonito, inteligente, autossuficiente e lá foi morar sozinho.
Amava a si e achava todos os demais feios, ignorantes, idiotas, servis.
Após anos vivendo daquela forma, começou a se entediar a ficar farto daquele “narcisismo”.
Cansado daquilo que via nos espelhos pensou:
“Eu mesmo construí este castelo para mim, ninguém me prende aqui dentro a não ser eu mesmo”.
Um dia, irritou-se, jogou uma cadeira numa das paredes laterais e pela primeira vez, após anos, a luz do sol penetrou naquele recinto.
Um mundo novo, sadio, fresco, iluminado, vivo, surgiu, o poderoso entrou em contato com esse mundo real, saltou fora daquele castelo, daquela ilusão que ele houvera criado para si mesmo.
Pôs-se a dançar, cantar, celebrar a vida.
O mito conta que ele nunca mais olhou num espelho.
Será que nós também iludidos pensando como imperadores não construímos palácio de espelhos para nós mesmos?
Resta saber quantos de nós “DESPERTAM” desse sonho e saltam para a luz do mundo real.
PS: Qualquer semelhança com o Mito da Caverna (Platão) é pura coincidência.
O autor, Prof. Dr. Antonio de Pádua Colosso é PSICANALISTA e possui Especializações em: Mitologias (CEFAS), Sonhos e Símbolos (SPAG), Ópera e Psicanálise (Unicamp), Transtornos Psicossomáticos (S.N.H), O Desenvolvimento da Existência - Winnicott (S.N.H), Neurociências e Psicanálise (Soc. Psicanalítica de Campinas), Psicoterapia Psicanalítica de Grupo (CEFAS), autor do Livro Lara e Leonora.