A Veja de 07/05/2014 denomina o pintor Iberê Camargo de “O Pelé da Arte Nacional” e assim diz: Atacava suas telas com duas armas: excelência técnica e VIGOR EMOCIONAL.
O artigo relata uma frase do pintor:
“É preferível ser um verme, mas ser você mesmo”.
No final de sua vida ele passou a retratar patéticos ciclistas que transitam do nada a lugar nenhum, além das fantasmagóricas idiotas.
Assim disse o artista: “Eu não nasci para enfeitar o mundo, eu pinto porque a vida dói”.
Fiquei pensando sobre: Vigor emocional, e a vida dói......
Concluí que segundo a minha experiência de vida, realmente a vida dói, ela dá, ela tira e que o envelhecer é aprender a lidar com as limitações que a vida vai nos impondo.
Doí? Sim dói na essência, segundo o Rubem Alves que tem um livro com o título: Ostra feliz não faz perola.
Mas seria possível nós ostras sermos felizes ou infelizes o tempo todo?
Talvez caiba a nós sabermos sorver intensamente os momentos felizes e quando eles se forem, resignarmos e aceitarmos nossa natureza humana, frágil e passageira.
ANTONIO DE PÁDUA COLOSSO é Psicanalista, Educador e Grupanalista.