Realizei um sonho, fui conhecer Manaus, no bairro Ponta Negra, aluguei uma pequena embarcação (só para uma pessoa), e deslizei pelo rio Negro.
Era uma prancha grande com um remo, demorei um pouco para pegar o jeito, equilibrar-me, mas consegui.
O rio é muito calmo, escorrer sobre ele é realmente prazeroso.
Quando eu já estava me considerando um “craque”, passou no rio, uma lancha, não era muito grande, para quatro pessoas, com motor de popa. Ao singrar o rio aquela embarcação fez nas águas umas marolas, espécie de ondas que eles denominam banzero.
Essas ondas vieram até mim e com o chocalhar da água caí, o rapaz que alugava a prancha gritou para mim:
“Quando vier banzero não fique de lado que ele te derruba, fique de frente e não olhe para baixo olhe para o horizonte”.
Minutos depois passou outro lancha, fiz conforme a recomendação do pequeno professor e não caí mais.
Agora, fico pensando, como nós “pranchas”, somos atacados por banzeros (problemas) todos os dias.
Alguns nos derrubam, exigindo um sacrifício nosso para voltarmos à posição inicial.
Se ficarmos eretos, não abaixarmos o olhar e enfrentarmos o banzero de frente há enorme possibilidade de não cairmos.
Mas, como seria enfrentar o banzero (problema) de frente?
Talvez pudesse ser, estarmos conscientes que estamos fazendo o nosso melhor como: filhos, cidadãos, pais, esposos, etc......e
Como dizem os Espanhóis: Que venga el toro!
Que venham os banzeros.
Antonio de Pádua Colosso é Educador, Psicanalista e Grupanalista.