Lúcifer (luz se fez) era um anjo portador da luz, um dia, por ser luminoso, achou-se bonito e por se achar bonito, se achou mais que os outros, se achou à parte e pronunciou a palavra: “EU”, assim quebrou o ritmo da criação que era “NÓS”.
Todos os seres criados eram NÓS e Lúcifer se tornou “EU”.
Ao se tornar EU, se tornou tão “pesado” que caiu do céu, junto com ele um terço dos anjos seus seguidores também caíram.
Um de seus auxiliares lhe disse:
“Que triste! Nunca mais!”
E ele respondeu:
“Eu prefiro ser senhor no inferno que escravo no céu”.
Então! O que será que eu aprendo como esse Mito bíblico?
Que poder tão encantador e destrutivo tem essa pequena palavra (“EU”)!
Lembrei-me de anos atrás, meu professor de Antropologia, contando das experiências de Levis Strauss nas tribos indígenas mais remotas, ter nos transmitido que naquelas culturas não existiam propriedades, TUDO e TODOS eram uma coisa só, uma nação indígena, com trabalhos compartilhados, onde os homens defendiam suas tribos de invasores e caçavam para o sustento de todos, as mulheres cozinhavam, preparavam vestes, e as crianças não ficavam com seus pais, ficavam com os idosos que lhes transmitiam honra e valores daquela comunidade e através dos contos transmitiam oralmente a cultura e a tradição daquele povo, que deveria sempre ser passado de geração à geração.
Mas,........então........quem será que inventou o “EU”.
O autor é Psicanalista e possui Especializações em: Mitologias (Cefas), Sonhos e Símbolos (SPAG), Ópera e Psicanálise (Unicamp), Transtornos Psicossomáticos (S.N.H), Neurociências e Psicanálise (Soc. Psicanalítica de Campinas), Atualmente especializa-se em: Psicoterapia Psicanalítica de Grupo (Hosp. XXII de Outubro).