Gosto de caminhar, chamo de “meditação ativa” pois é um período do dia que me presenteio tentando “não pensar”, tento esquecer-me de mim como profissional, pai, marido, professor, etc..., e tento contatar com minha “essência”.
Dia desses, passando em frente a Escola Anglo percebi no jardim algumas pinturas de estudantes.
Dentre tantas lindamente coloridas uma me chamou atenção porque não era exatamente uma pintura, era uma frase na tela:
“No lápis da VIDA não tem borracha”
Primeiramente fiquei feliz por perceber que um adolescente, teve o cuidado de abandonar seu aparato tecnológico, e pensar, escrever algo sobre “a vida”, seu futuro.
Em segundo fiquei feliz pelos responsáveis terem valorizado tamanho ato de criatividade do aluno e ainda expor ao público sua obra.
Depois, minha mente não parou de pensar sobre aquela frase.
Pensei... pensei... entre tantas alternativas de interpretação que criei, preferi ficar com aquela que mais me diz respeito.
Usualmente lápis possui uma borracha na outra extremidade que pode “apagar” aquilo que o usuário do lápis entendeu como um “erro”, algo que não merece ser mencionado, pode ser apagado e o papel onde a escrita está sendo aplicada não fica “manchado”.
Puxa! Como isso é real... Mas na vida!!!!!!!!!!!!
Se eu pudesse apagar certos acontecimentos do meu passado e escrever novamente baseado em sentimentos construtivos e amorosos.
Ninguém pode “apagar” o passado, então, precisamos conviver com a “culpa” e se possível com a tentativa de “reparação”.
Se o que marca o “papel” que estamos escrevendo nossa vida são nossos atos e palavras, talvez mereçam nossa atenção especial, uma vez que não podemos apagar o que fizemos e falamos, sobra só as consequências do feito impensado e o arrependimento.
Meu herói favorito na Mitologia Grega é Prometeu, aquele que roubou o fogo dos deuses e levou para os humanos, seu nome traduzido significa:
“Aquele que pensa antes de agir”.
Assim sempre digo a mim mesmo.
“Pense antes de agir
Pense antes de falar
Pense antes de... pensar
Consequentemente esteja consciente que receberá dos outros e da vida o fruto daquilo que você estiver exteriorizando.
Se desejamos um mundo melhor, só há um caminho:
“Sermos melhores”.
O autor, Prof. Dr. Antonio de Pádua Colosso é PSICANALISTA e possui Especializações em: Mitologias (CEFAS), Sonhos e Símbolos (SPAG), Ópera e Psicanálise (Unicamp), Transtornos Psicossomáticos (S.N.H), O Desenvolvimento da Existência - Winnicott (S.N.H), Neurociências e Psicanálise (Soc. Psicanalítica de Campinas), Psicoterapia Psicanalítica de Grupo (CEFAS), autor do Livro Lara e Leonora.
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