Por iniciativa da Casa da Agricultura de Itapira, foi realizada na noite de quinta-feira,30, uma palestra que reuniu cerca de 30 pecuaristas, técnicos e autoridades do setor agropecuário. Na pauta do encontro dois assuntos importantes e de certa forma inter-relacionados, a Hipocalcemia e o Ciclo Hidrológico de Água.
Coube á médica veterinária Fernanda Baptistela, do quadro de técnicos da Bayer do Brasil e radicada em Araras, falar sobre Hiocalcemia, com apoio dos colegas Sandro Belli e Benedito Gardinalli Junior, da CATI. A Hipocalcemia é uma patologia que afeta vacas e bezerros exatamente por causa da falta de cálcio no organismo, provocando debilitação da matriz com consequente debilitação do feto.
As principais causas da degeneração são a falta de sal (cloreto de potássio) e sais minerais. A ausência do calcário nas pastagens foi apontada como uma das origens do problema. “A falta destes nutrientes leva também à diminuição da produtividade do leite”, enfatizou a palestrante. O prolongado período de estiagem faz com que a situação se torne ainda mais preocupante segundo os técnicos, já que afetando as pastagens, torna improvável a obtenção dos sais minerais. Por isso foi sugerida uma ação no sentido de garantir suplementação alimentar por parte dos proprietários.
Água
Ivo Marcos Peres Faria , engenheiro chefe da Casa da Agricultura, abordou a questão do Ciclo Hidrológico. Ele disse que escolheu propositalmente o tema devido à forte estiagem. Segundo seu argumento é importante melhorar o nível de consciências dos proprietários para que adotem medidas já bastante preconizadas, como é o caso da construção de curva de nível em suas propriedades, para evitar que a água da chuva se infiltre no solo e mais ainda: que assoreie os cursos de água existentes. “Tomando as medidas corretas, os proprietários estarão contribuindo para o processo de manutenção das minas, que por sua vez atuam na formação das nascentes, estas na formação dos cursos de água, um ciclo virtuoso da natureza que o próprio ser humano vem cuidando de exterminar”, alertou.
Faria contextualizou seu raciocínio abordando também os efeitos devastadores que a seca prolongada vai ocasionar à economia brasileira como um todo. “Existe uma preocupação muito grande no sentido de que esteja em curso uma alteração mais significativa das condições climáticas no planeta. Temos que estar muito atentos a isso tudo que vem ocorrendo”, sugeriu
Gardinalli Junior, Ivo e Sandro Belli, três dos técnicos da Secretaria de Agricultura mpenhados em trazer informações valiosas aos pecuaristas e agricultores locais
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