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Itapira, 01 de Janeiro de 2025
Notícia
25/11/2013 | Pecuaristas locais estão na mira da fiscalização federal por causa de ‘cama de frango’
 
A prática da cama de frango é condenada pelas autoridades da área da saúde animal e é rigorosamente fiscalizada
 
Desde o ano passado o Ministério da Agricultura, por intermédio de seu serviço de saúde animal, vem intensificando a fiscalização em propriedades do município onde há criação de bovinos. Segundo denúncias anônimas, muitos pecuaristas estariam utilizando a chamada ‘cama de frango’ - material utilizado para forrar o piso do aviário, constituído de palha de arroz, feno de capim, maravalha, casca de amendoim ou serragem misturado com os excrementos, urina, penas e restos de ração dos frangos - para alimentar o gado. 
 
A situação motivou a equipe técnica da Casa da Agricultura a agendar para quinta-feira, 28, um encontro para esclarecer os criadores sobre formas corretas de se alimentar o rebanho e fazer um alerta sobre a utilização de práticas condenadas pelas autoridades sanitárias. Estará presente a médica veterinária Juliana do Amaral Moreira Vaz, fiscal federal agropecuária e uma das autoridades que já estiveram realizando diligências na zona rural da cidade. 
 
Juliana confirmou que foram feitas autuações no município por causa da utilização da cama de frango. “Itapira por ser uma cidade onde a avicultura de corte é uma atividade muito intensa sempre mereceu uma atenção especial neste tipo de fiscalização. Além disso, tivemos denúncias indicando a ocorrência do uso da cama de frango em algumas propriedades”, informou. 
 
Uma das autoridades brasileiras incumbidas de fiscalizar, gerenciar e executar ações visando a prevenção da doença da Vaca Louca, ela explica que se trata de antes de mais nada de uma questão de saúde pública coibir esta prática, visto que esta doença pode ser transmitida ao homem. Recorda também que há pouco tempo houve o registro de um caso atípico no estado do Paraná com suspeita de que tenha ocorrido por mutação genética, não propriamente em função da alimentação  dada ao animal. “Foi um caso atípico e não ofereceu risco à população, porém nos alerta que não pode haver relaxamento neste tipo de fiscalização sob pena do país sofrer consequências devastadoras também no plano econômico”, frisou. 
 
Juliana lembra ainda que existem outras formas de alimentação inadequadas que são proibidas, como dar ração de cães, gatos, equinos e peixes para os ruminantes (bovinos, ovi-nos, caprinos e búfalos) . As penalidades para quem incorre no erro são, segundo ela, bastante rigorosas. Geralmente todo o gado é abatido como medida sanitária em frigoríficos credenciados pelo Ministério da Agricultura e todo o material de risco (cérebro, olhos, tonsilas, medula espinhal e trato distal do intestino delgado) é destruído . Há ainda casos mais extremos onde existe o sacrifício do gado que ingeriu subproduto de origem animal proibido suspeito na própria propriedade. Além disso, o responsável responde a processos junto ao Ministério Público nas áreas cívil e criminal.
 
Na terça, encontro para agricultores familiares.
 
O engenheiro agrônomo e chefe da Casa da Agricultura de Itapira, Ivo Marcos Peres Faria, informou que na terça-feira, 26, a partir das19h00, na sede do órgão, será feito um esclarecimento direcionado para pequenos produtores, especialmente agricultores familiares, cujo objetivo é informar sobre decisão do governo federal em ampliar o leque de fornecimento de alimentos para a merenda escolar através do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e também sobre o PPAIS (Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social), programa similar bancado desde 2011 pelo governo de São Paulo. Em ambos os casos as duas esferas de governo fomentam a compra de alimentos in natura para programas específicos, como a merenda escolar no caso do governo federal que banca a maior parte do que é gasto com este benefício, e para refeições de hospitais públicos e do sistema prisional e do programa BomPrato, que tem umarede credenciada de restaurantes que oferecem refeições a R$ 1,00, na área de influência do governo do Estado. Quem irá palestrar sobre o assunto será o engenheiro agrônomo Roberto Ribeiro Machado, diretor-adjunto do EDR de Mogi Mirim. 
 
Até o final do governo Lula havia exigência de que pelo menos 30% do que era re-passado pelo governo federal fosse adquirida de agricultores familiares via cooperativas. Na região a Associação 12 de Outubro, do assentamento de Vergel, vinha fornecendo parte destes alimentos para várias prefeituras da região, inclusive Itapira. Como entidades com o perfil exigido existem em número inferior ao necessário em todo o Brasil, e aliado a este fato o de várias destas cooperativas não disporem de todos os alimentos necessários, o governo criou um novo mecanismo denominado de chamada pública onde o agricultor familiar, individualmente, pode fazer este fornecimento. 
 
Segundo Faria, o objetivo deste encontro é esclarecer a forma como os interessados podem participar. “São dois programas interessantes, que asseguram uma renda bem vinda para pequenos agricultores e cujos detalhes vamosesclarecermelhorneste encontro”, garantiu.
 
Fonte: Da Redação do PCI

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