Emerson Penha
Correspondente da EBC na África
Maputo (Moçambique) - O governo moçambicano divulgou o resultado de estudos feitos pela companhia americana Anadarko Petroleum, concessionária da exploração de combustíveis fósseis na bacia do rio Rovuma, no extremo Norte do país. De acordo com o relatório, a partir de 2018 poderão ser produzidas 50 milhões de toneladas de gás natural liquefeito (GNL) por ano. A produção seria equivalente à da Bolívia.
A receita da atividade mineral, segundo o próprio governo, poderia dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) de Moçambique. O PIB é a soma das riquezas produzidas por um país em um ano. As projeções para o país em 2012 apontam PIB de pouco mais de 25 bilhões de dólares. Comparado ao Brasil, o número é equivalente ao da cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
A companhia americana começou a construção de duas unidades de liquefação de gás, cada uma com capacidade de produção de cinco milhões de toneladas/ano, mas planeja, até o fim da década, ter prontas dez dessas usinas. O investimento é cerca de 15 bilhões de dólares. Atualmente, mil trabalhadores moçambicanos estão empregados na atividade, mas nos próximos anos o número pode chegar a 10 mil. Moçambique tem reservas de gás estimadas em 623 bilhões de metros cúbicos, a quarta maior do mundo.
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