Uma suposta insatisfação que teria sido orquestrada dentro do efetivo da Guarda Municipal devido às novas diretrizes implantadas pelo secretário de Defesa Social do Município, o Coronel Reformado da Polícia Militar Vanderlei Manoel de Oliveira; chegou a ser apontado como um dos fatores que contribuíram para o aumento dos índices de criminalidade no município.
Coronel Vanderlei: operando no limite
A Cidade ouviu Coronel Vanderlei e também o capitão Luciano Peixoto, o comandante da Companhia de Policiamento Militar de Itapira sobre estas ilações e a avaliação de ambas as autoridades sobre este assunto demonstra um discurso muito bem afinado. Ambos afirmaram que a questão de estatísticas de segurança pública passam necessariamente por períodos de “sazonalidade” e que este tipo de raciocínio – vinculando a forma de atuação da Guarda Municipal – é no mínimo precipitado. “Os números da violência não estão em destaque somente em Itapira, mas em todo o Estado de S.Paulo. Aliás, digo que em termos de região, temos os menores índices do Estado”, comentou Coronel Vanderlei.
Ele refuta a afirmação de que a Guarda Municipal deixou de exercer funções relacionadas a uma maior atenção para rondas típicas do policiamento ostensivo( atribuição da PM) argumentando que o que vem ocorrendo é uma forma de racionalizar as inúmeras demandas que a corporação e a própria Secretaria possuem. “Nosso efetivo trabalha hoje no limite da capacidade de resposta”, reforçou. Ao passo que o efetivo total diminuiu, Oliveira avalia que as demandas foram ampliadas. “ A população cresceu, os problemas decorrentes do comércio de entorpecentes só tem aumentado, resultando num quadro de maior desagregação familiar e consequentemente num número maior de ocorrências. Temos feito o que é possível”, acrescentou.
Capitão Peixoto: entrosamento é bom
Capitão Peixoto também diz que as estatísticas estão dentro de uma normalidade e que a única exceção se refere ao aumento no número de furto de veículos e motocicletas. “ Estamos atentos a este quadro, reforçamos o policiamento e até ajuda do Batalhão de Mogi Guaçu temos recebido”, disse, referindo-se à reativação da Força Tática, que tinha sido suspensa momentaneamente por causa da ausência de um sargento, sanada a partir da semana passada com a vinda do Sargento Carneiro.
Ele fez elogios ao comando da Guarda Municipal, dizendo que o atual Secretário de Defesa Social “é um grande conhecedor da área operacional da PM” e que vem colocando em prática conceitos ao seu modo de ver, “bastante corretos, pautados na legalidade e na estratégia” e que segundo ele, “ vem ajudando de forma expressiva” o trabalho da PM, “assim como também a Polícia Civil realiza um ótimo trabalho na cidade”.
Domingues: a cobrança é natural
José Carlos Domingues, que nesta semana foi reconduzido para um período de mais dois anos à frente do Conseg (Conselho Municipal de Segurança), disse que no seu entendimento existe um bom entrosamento entre as corporações policiais da cidade e que é natural que a cobrança seja sempre mais incisiva. “ Temos um bom trabalho, mas é natural que haja uma cobrança para que este trabalho seja cada vez melhor”, argumentou.