Recentemente o médico neurogolgista José Eduardo Andrade Lopes, fundador e diretor-presidente da Organização Não Governamental Polem (Associação de Apoio às Pessoas com Lesão Medular) convocou representantes de veículos de comunicação da região para “dar uma atualizada nas informações” com relação às atividades exercidas em sua sede, localizada no Jardim Guaçu Mirim, perto das instalações da Unimed Regional da Baixa Mogiana, em Mogi Guaçu. A grande novidade deste encontro ficou por conta da apresentação de um novo espaço em anexo à sede da Polem, na rua Domingos Sínico, adaptado para atividades de fisioterapia.
Equipado com aparelhagem aparentemente simples, o local tem se mostrado de extrema importância na etapa de recuperação dos pacientes, onde um simples movimento com os pés ou as mãos representa uma evolução dentro deste processo.
O atendimento que começou com 10 pessoas em 2007 chega atualmente a 40 pacientes com fila de espera de pelo menos outros 35. O médico estima que de Itapira sejam pelo menos sete atendimentos. Mogi Guaçu é o município com maior número de pacientes. Mogi Mirim e Estiva Gerbi também são beneficiados, mas somente Mogi Guaçu e Itapira destinam algum tipo de recurso para custear o tratamento.
Durante sua explanação Lopes deixou claro que a atual estrutura disponibilizada é suficiente para atender pelo menos o dobro de pacientes, mas a questão esbarra na falta de recursos. “Temos o turno da tarde que fica ocioso. Infelizmente não dispomos de recursos necessários para ampliar este atendimento, por isso existe fila de espera”, registrou.
Além dos recursos vindos de Itapira e Mogi Guaçu, a Polem conta com o trabalho voluntário de muitas pessoas, inclusive de Itapira, que se desdobram em realizar promoções que permitam arrecadar parte do que é necessário para a manutenção da entidade. Muitos médicos conveniados à Unimed cedem o valor de uma consulta/mês para a causa, sem falar em especialistas de determinadas áreas específicas (urologia, cirurgia de mãos, ortopedia, clínica médica e clínica da dor) que prestam atendimento gratuito quando requisitados.
O que mais encarece os trabalhos é a necessidade de um corpo de profissionais altamente especializado como psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais, enfermeiros, fonoaudiólogos, entre outros. Lopes defende ainda que é necessário incorporar outros profissionais para incrementar o processo de terapia, como fisiatra e educador físico, para a realização de atividades complementares .
No rol das atividades pretendidas estão música, pintura e outras atividades lúdicas. No tocante a atividades físicas, Lopes entende que se trata de um processo que, além de contribuir com a melhora no quadro geral de determinados pacientes, ajuda na autoestima destas pessoas. “Basta você observar os resultados que o país vem conquistando em modalidades paraolímpicas. É uma forma estupenda de inclusão social”, defende.