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Itapira, 28 de Dezembro de 2024
Notícia
18/02/2015 | Polêmica sobre a causa morte por dengue

Algumas mortes ocor­ridas no município leva­ram dúvidas aos familiares diante da possibilidade de ocorrência de dengue como causa antecedente ou causa primária ou causa terminal. O assunto foi motivo de for­te discussão, na última ses­são da Câmara Municipal, entre os vereadores Rafael Lopes (PROS) e Mauricio Casimiro de Lima (PSDB). Rafael contestou o laudo médico que não indicava a dengue como causa morte de uma pessoa que faleceu na semana passada. Como causa terminal o médico informou “Choque Séptico”, nas causas intermediárias: insuficiência respiratória e pneumonia; na causa primária: plaquetopenia. A dengue foi registrada, na parte II do documento, como um estado patológico significativo que pode ter contribuído para a morte.

A forma como a discus­são se desenvolveu e chegou à imprensa e redes sociais acabou levando insegurança não só às famílias, mas às outras mortes ocorridas no município em que o pa­ciente estava com dengue. Levou, também, dúvidas sobre a administração mu­nicipal de estar tentando ocultar as mortes por den­gue, supondo que todas as mortes suspeitas não passassem por nenhuma verificação.

Rosa Iamarino, secretária municipal da Saúde, escla­receu que todos os casos confirmados ou suspeitos de dengue, em caso de óbito, recebem o procedimento preconizado pelo SVO - Ser­viço de Verificação de Óbitos. “É importante esclarecer isso, é do conhecimento dos médicos, mas a população talvez desconheça. Itapi­ra nunca contou com este serviço, começou durante a gestão do prefeito Paganini. Entendemos que a família tem o direito de saber a causa real da morte e, tam­bém, oferece um respaldo ao médico que emitiu o laudo, evitando que mais tarde a família necessite buscar essa informação. Todos os óbitos com causa da morte desconhecida ou duvidosa ou morte que ocorra com menos de vinte e quatro horas de internação passam pelo SVO para complementar as informações para o serviço de epidemiologia e políti­cas de saúde pública. Logo, constando dengue como causa primária, terminal ou antecedente, todos os óbitos passam pelo mesmo processo”, explicou Rosa Iamarino.

Cabe ao SVO ‘estudar’ o corpo através da necropsia por profissionais qualifica­dos que realiza em diversas análises no próprio corpo e exames laboratoriais. Essa investigação abrange as causas de óbito por morte natural, o que difere do ser­viço que é mais conhecido da população que é o IML (Instituto Médico Legal), que investiga mortes violentas por acidentes, homicídio, suicídio, entre outras causas.

Rosa Iamarino esclare­ceu, ainda, que todos os casos de óbitos suspeitos por dengue no município foram encaminhados, com a autorização da família, ao SVO da cidade de Mococa, que é um órgão governa­mental e atende todas as cidades da Baixa, Média e Alta Mogiana. A Vigilância Epidemiológica da cidade e o Grupo de Vigilância Epi­demiológica da DRS/14 de São João da Boa Vista são notificados. Além de toda a documentação exigida, é encaminhado o material biológico (sangue /plasma) para o Instituto Adolfo Lutz (Campinas) para pesquisar a causa mortis. O resulta­do dessa análise leva em média 45 dias. “Estamos, neste momento, com dois casos encaminhados para Mococa e outro que foi diagnosticado como dengue encaminhado diretamente ao Adolfo Lutz de Campi­nas para confirmar o laudo médico”, disse.

Fonte: Da Redação do PCI

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