Após praticamente um ano desde que foi anunciado o último aumento, a Petrobras anunciou na quinta-feira um novo aumento no preço dos combustíveis, que segundo o governo seria de 3% para a gasolina e 5% para o óleo diesel. Os proprietários de postos de gasolina, no entanto, mostraram-se céticos com relação a este tipo de anúncio.
Um empresário do setor disse que normalmente o anúncio oficial não reflete o que as companhias distribuidoras repassam. “O aumento vem mais salgado, pode ter certeza. Depois a gente é que passa por bandido diante do consumidor. Esse governo é uma vergonha”, protestou. Ele diz que fica difícil repassar integralmente a elevação dos custos ao consumidor final.
Marli Ferla Coloço, do Posto Coloço, disse que somente neste sábado teria condições de especificar o aumento. Ela disse que esperava da companhia distribuidora os novos valores. “Eu acho que o aumento não vai impactar de forma muito negativa o preço final. Eu calculo no caso da gasolina cerca de seis centavos por litro e no caso do Diesel a gente precisa examinar melhor a questão porque na semana passada já veio aumento”, comentou. Segundo seu entendimento havia uma espécie de clamor nacional por um aumento e por isso o consumidor não vai se assustar.
Para o empresário do setor de combustíveis José Augusto Chagas Audi, apesar do longo período sem anúncio de um aumento oficial, companhias distribuidoras vem fazendo pequenos reajustes e acredita também que o percentual anunciado funciona mais para efeito de propaganda do governo do que para a realidade do dia-a-dia. “Não se trata de choradeira, mas da realidade: os custos crescem sem que possamos repassá-los ao consumidor”, lamentou. Audi considera ainda que este aumento será seguido de outros em breve. “A defasagem do preço interno, com o praticado em outros países ainda é grande. Acho que logo vem outro aumento por aí”, prognosticou.
Nas bombas
Durante o dia a maioria dos postos da cidade já havia fixado os novos valores e cuidava de avisar seus clientes. O preço da gasolina subiu em média dez centavos, assim como do óleo diesel.
Clayton Rostirola comentou ao abastecer seu veículo num posto da área central que estava esperando um aumento maior. “Acho que não vai pesar muito. Se for preciso a gente circula menos de carro”, disse. A fonoaudióloga Miriam Zachariotto disse que ficou satisfeita pelo fato do etanol ainda estar sendo vendido a preços promocionais e que só abastece com o produto, que em alguns postos da cidade estava sendo praticado ainda no dia de ontem a R$ 1,60. “Eu viajo bastante e o peso do combustível acaba refletindo nos meus ganhos, por isso, torço para que não haja aumento
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