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Itapira, 22 de Novembro de 2024
Notícia
28/01/2014 | Preços de materiais escolares têm variação de até 183%

Todo início de semestre os pais enfrentam a mesma saga: pegar a lista de materiais dos filhos e ir às compras. Chaiene Palomo Marques, mãe de um casal de 9 e 14 anos, chega a gas¬tar algo em torno de R$250 com os materiais escolares a cada início de ano. Ela conta que a lista oficial da escola de seus filhos chega somente após o início das aulas, mas não deixa tudo para a última hora. “Já fui adiantando e comprando as mochilas e cadernos. Quando chegar a lista da escola volto às compras”, revela. 

 
Já estudante e estagiária de Engenharia Ambiental, Priscila Rotolli, revelou que gastou cerca de R$ 150 – além dos R$700 em material didático – para comprar os 46 itens da lista fornecida pela escola de sua filha Raica, de cinco anos e meio, que irá para o primeiro ano do Ensino Fundamental. “Achei estranho eles pedirem quase 400 folhas de sulfite para uma só criança, inclusive fosforescente. Até agen¬da eles pediram, para uma criança do primeiro ano. Além disso, eles exigem um livro infantil, gibis e revistas”, revelou.
 
Apesar disso, ela disse não ter notado um aumento tão exorbitante no geral, mas observou os altos preços em alguns materiais. “O mais  caro acaba sendo a caixa de lápis de cor e a tal agenda, que sai no mínimo R$18, sendo que algumas chegam a custar R$40”, afirmou.
 
Em meio à correria do dia a dia muitos consumi¬dores deixam de lado o ato de pesquisar os preços em diferentes locais e podem acabar saindo no prejuízo. Pelo menos isso é o que mostrou um levantamento rápido feito pelo jornal A Cidade no início desta se¬mana, quando percorreu três papelarias da cidade e checou o preço de 15 itens básicos que costumam ser pedidos pelas escolas: apon¬tador, borracha, caderno, lápis de cor, massa de mo¬delar, caneta, canetinha hidrocor, cola, estojo, lápis, papel sulfite, pasta, régua e tesoura.
 
O resultado mostrou que a solução para economi¬zar na hora das compras escolares é a pesquisa. Dos materiais analisados, a variação de preço foi de 23,5 a 183% entre os três estabelecimentos na cidade. Mercadorias como tesoura sem ponta, régua e cola foram os que tiveram as maiores diferenças, isso levando em consideração os modelos simples e com maior saída.
 
Para alguns economistas, a explicação para a varia¬ção é a estratégia de venda de cada local, sendo que  alguns elevam um pouco alguns valores para depois oferecer desconto na boca do caixa. Além disso, os es¬tabelecimentos maiores, que compram em grandes quantidades, conseguem um preço mais baixo. So¬bre esse assunto, Priscila contou que algumas lojas anunciam produtos abaixo do custo, mas quando os consumidores vão à procura não encontram a promoção. Em contrapartida, outras que não são especializadas no ramo podem se tornar opções que cabem no bolso dos pais e responsáveis.
 
Para evitar surpresas nes¬sa época, Chaiene Marques e Priscila Rotolli afirmaram que colocam os gastos com material escolar na progra¬mação orçamentária de janeiro. Priscila comentou  também sobre o fato das escolas só disponibilizarem a lista nessa época, justo quan¬do os preços costumam se elevar devido a alta procura. “Em janeiro eu já saberia que teria que comprar esse material, mas como eles não liberaram a lista antes, só pude comprar agora. Se tivessem mandando no final do ano passado, seria mais fácil e teria mais tempo para pesquisar”, concluiu.
Além da preocupação com a alta e variação dos preços, o Procon-SP fez um alerta na última segunda¬-feira, 20, informando aos pais e responsáveis que as escolas não podem abusar dos itens solicitados. Se¬gundo a Lei nº 12.886 de 26/11/2013, não podem constar na relação materiais de uso coletivo ou taxas para suprir despesas com água, luz e telefone, por exemplo.
 
Além disso, nenhum estabelecimento de en¬sino pode obrigar os pais a adquirirem o material na própria unidade e nem determinar marcas e lo¬cais de compra. A diretora de estudos e pesquisa da Fundação Procon-SP, Va¬léria Garcia, disse ainda que a cobrança de taxa de material escolar sem a apresentação da lista é indevida e abusiva. “A escola deve informar quais itens devem ser adquiridos por pais ou responsáveis, e são eles que deverão optar por comprar os produtos solici¬tados ou pagar pelo pacote oferecido pela instituição de ensino”, orientou. Em Itapira, os consumidores que se sentirem lesados podem procurar a unidade do Procon local, que fica na Praça Bernardino de Cam¬pos, box 10. O atendimento é de segunda a quinta-feira das 8h00 às 11h30 e das 13h00 às 16h00, de sexta¬-feira das 8h00 às 11h30 e também pelos telefones (19) 3863-7818, 3843-9149 e 3843-9100.
 
 
Fonte: Da Redação do PCI

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