Às 5h28 da madrugada deste sábado (20) o prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) teve seu mandado cassado por meio de um decreto legislativo da Câmara de Vereadores de Campinas. Desde a abertura da sessão de julgamento, às 9h da última quinta-feira, foram 44 horas e meia até a decisão que afasta o prefeito de seus cargos. O vice-prefeito deverá assumir o cargo. Dos 33 vereadores, 32 foram favoráveis a cassação e apenas o vereador Sérgio Benassi (PCdoB) votou contrário.
Eram necessários 22 votos favoráveis para que o impeachment fosse aprovado. A sessão foi encerrada às 5h35 após a leitura da decisão dos vereadores. As várias pessoas que acompanhavam a sessão saiam do plenário gritando:"o povo unido, jamais será vencido".
O pedetista, primeiro chefe do Palácio dos Jequitibás a ser retirado do cargo em um processo político, respondeu no Legislativo às acusações de omissão, por suposta prática de corrupção de membros do governo; de negligência, por aprovação de projetos irregulares, entre outros.
Advogado abre mão de se manifestar em plenário
“Nosso último ato na Câmara foi a entrega do protocolo. Eu não vou voltar para lá para fazer a defesa (de Hélio, nas duas horas a que a defesa teve por direito). Essa sessão não tem validade, é ilegítima.” Dessa forma, o advogado de defesa do prefeito pedetista Hélio de Oliveira Santos,
Alberto Luis Mendonça Rollo, encerrou a participação no julgamento do chefe do Executivo campineiro. No protocolo, ele questiona a legitimidade da votação após a divulgação de uma nova denúncia, de suposta compra de votos, a qual chamou de “golpe político”. Anteontem, ele ainda afirmou que não faria a defesa por já conhecer o resultado final da votação. “Eu já sei qual vai ser o resultado: vai ser 33 a zero.” A coordenadora de Comunicação da Prefeitura, Luciana Paulo, também confirmou que nem mesmo Hélio se dirigiria à tribuna para fazer a própria defesa.
Ângelo Barreto (PT) - Sim
Antônio Flores (PDT) - Sim
Arly de Lara (PSB) - Sim
Artur Orsi (PSDB) - Sim
Aurélio Cláudio (PDT) - Sim
Biléo Soares (PSDB) - Sim
Campos Filho (DEM) - Sim
Cidão Santos (PPS) - Sim
Dário Saadi (DEM) - Sim
Dr. Sebastião dos Santos (PMDB) - Sim
Dr. Élcio Batista (PSB) - Sim
Francisco Sellin (PDT) - Sim
Gilberto Cardoso "Vermelho" - Sim
Jaírson Canário (PT) - Sim
Jorge Schneider (PTB) - Sim
Josias Lech (PT) - Sim
Leonice da Paz (PDT) - Sim
Luiz Cirilo (PPS) - Sim
Miguel Arcanjo (PSC) - Sim
O Politizador (PMN) - Sim
Paulo Oya (PDT) - Sim
Petterson Prado (PPS) - Sim
Professor Alberto (DEM) - Sim
Rafa Zimbaldi (PP) - Sim
Sebá Torres (PSB) - Sim
Serafim Júnior PDT) - Sim
Sérgio Benassi (PCdoB) - Não
Tadeu Marcos (PTB) - Sim
Thiago Ferrari (PMDB) - Sim
Valdir Terrazan (PSDB) - Sim
Vicente Carvalho (PV) - Sim
Zé Carlos (PDT) - Sim
Zé Cunhado (PDT) - Sim
Zé do Gelo (PV) - Sim
Hélio diz que julgamento foi político e que irá recorrer
Prefeito evitou comentar o assunto e está reunido com seus advogados que preparam recurso judicial.
Hélio de Oliveira Santos (PDT) disse, através de sua assessoria de imprensa, que não irá se pronunciar a respeito da cassação de seu mandado com chefe do Executivo de Campinas, limitando-se apenas a enfatizar que entende ser um julgamento político e que seus advogados irão recorrer judicialmente da decisão.
Ainda de acordo com sua assessoria de imprensa, Hélio está reunido com seus advogados na manhã desta sábado (20). Na sexta-feira (19), o advogado Alberto Luis Mendonça Rollo, responsável pela defesa de Hélio de Oliveira Santos, em entrevista ao Portal RAC, já acenava com a possibilidade. Hélio teve seu mandado cassado por 32 votos a favor e um contra. A sessão histórica terminou na madrugada deste sábado.
Rollo disse que para ele a sessão era nula, que não iria utilizar o tempo que ele teria direito antes da votação do pedido de cassação do prefeito Hélio, na Câmara Municipal, e que iria procurar a Justiça, pois, segundo ele, o resultado que realmente importa é o resultado judicial. "Na Câmara já sabemos o resultado. Lá é "política", é dar murro em ponta de faca", justificou.
"A defesa entende que esta sessão é nula, não tem efeito jurídico", explicou o advogado. "Vou entender os interesses do meu cliente"
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