Desde o início da semana passada uma equipe do setor de Serviços Urbanos da Prefeitura vem realizando um trabalho de recolocação de guias e revitalização do calçadão que margeia o Ribeirão que corta o Jardim Soares. Trata-se de uma intervenção que tem dois objetivos principais; o de equacionar uma espécie de litígio ambiental que se arrasta desde 2011 e preparar terreno para a implantação de mão única de direção na avenida Henriqueta Soares e na Avenida Liberdade.
Com relação ao primeiro ponto da questão, o biólogo Anderson Martelli, lotado na Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e MeioAmbiente, relatou que devido a uma interpelação feita em 2011 pelo Comdema (Conselho Municipal de Meio Ambiente), a pasta vinha dialogando principalmente com comerciantes da avenida Henriqueta Soares sobre a necessidade de se extinguir o ‘puxadinho’ feito às margens do ribeirão para permitir estacionamento de veículos. “Contatamos as principais lideranças do comércio daquela localidade e esclarecemos que o pedido do Comdema se fundamentava na legislação ambiental que proíbe aquele tipo de intervenção em área considerada de Proteção Permanente(APP) que é o caso daquele trecho. Este processo demorou exatamente devido à preocupação em não se fazer nada sem antes dar ciência, esclarecer a população sobre a medida. Como o caso foi objeto de questionamento também do Ministério Público, estão sendo tomadas as providências necessárias para o reestabelecimento da faixa de domínio que margeia o curso de água. Do ponto de vista ambiental, a solução vem sendo dada. Resta ainda um processo de revitalização paisagística que será conduzido pela Secretaria de Serviços Públicos na ocasião mais propícia, já que estamos em período de estiagem”, mencionou Martelli.
O comerciante Benedito Donisete Scaglia, o Nenê, 49 anos de idade e há 23 estabelecido no local, confirmou que os comerciantes das imediações foram consultados a respeito das mudanças. “Eu mesmo estive com o prefeito Paganini e ouvimos dele a pretensão de readequar o sistema viário. O pensamento meu e de outros colegas é de que haja consenso no tocante à fluidez do trânsito e facilidade de estacionamento, o que é essencial”, postulou. Scaglia disse ainda que deixou um pedido para o prefeito, que no estudo feito fosse pensado uma espécie de retorno em ‘U’ no local onde a calçada está sendo refeita, para evitar, segundo ele, que os motoristas sigam em frente e se sintam desencorajados em fazer o retorno mais adiante.
Vanderli Edésio Leandro, o Del da Agrodel, outro comerciante pioneiro nas imediações, defende as mudanças. “A cidade cresceu e o sistema viário não está adequado a este crescimento. Acho que as medidas que vem sendo estudadas são funcionais”, colocou. Del acha ainda que se trata de um processo de modernização necessário àquele local especificamente. “Eu vejo com muita simpatia estas mudanças porque elas propõem uma reestruturação muito bem vinda que deverá trazer um aspecto mais moderno no entorno das duas avenidas”, opinou.
Clayton Ribeiro, diretor de trânsito, confirmou que aguarda o final da execução de obras de restauração do calçadão da Henriqueta Soares para colocar em prática os estudos já realizados. “Vamos realizar testes no local para aferir a viabilidade deste novo plano. Temos tudo planejado, inclusive um plano de orientação aos motoristas e pedestres.Nada será feito de afogadilho”, garantiu
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