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Itapira, 18 de Janeiro de 2025
Notícia
14/06/2012 | Primeira Igreja Batista em Itapira

Graças damos a Deus, porque neste mundo há pessoas honradas, que vieram e fizeram diferença, deixando suas marcas; não em placas ou paredes; mas nas vidas e corações de muitas pessoas.

Itapira foi uma cidade privilegiada por ter recebido uma família especial, tendo como patriarca o nosso querido irmão Amalio Mendoza Primo.

A primeira Igreja Batista em Itapira é fruto de uma vida que entendeu a vontade de Deus e mesmo diante das dificuldades impostas pela vida não abandonou a visão de Deus, cumprindo-a,  e o resultado está na vida da igreja que no dia 14 de junho completará 43 anos de vitórias e bênçãos. Somos gratos a Deus por ter enviado Seu servo Amalio à Itapira, e ele hoje está na glória desfrutando do galardão que o Senhor preparou pelo seu amor e dedicação.

Homenageamos a esse irmão e família, com um resumo de sua história em relação a implantação da Congregação Batista e da organização da Igreja.

Quase no final da década de 50, Amalio passou a compartilhar com sua esposa Noemia e amigos mais íntimos um incômodo constante em seu coração. Amalio, sendo um homem fiel a Deus, chorou aos pés do Senhor e procurou com sinceridade de coração, dizendo como o profeta Isaías "Eis-me aqui, cumpra em mim o seu querer.”

Estava ele em uma reunião de oração na Igreja Batista em Vila Salete, com aqueles irmãos que se uniam a ele para a solução do seu problema e eis que surge um assunto a respeito de uma cidade chamada Itapira. Diz Antonio Guidolim, que tinha familiares naquela cidade, que ali não existia uma igreja batista.

Imediatamente o assunto lhe traz uma paz profunda, que há tempos não tinha, e tem a certeza que é lá que Deus o quer.

Ao compartilhar seus sentimentos com amigos e irmãos sente que os mesmos reprovam.

Ao chegar a casa, relata os fatos à sua esposa e isso a deixa profundamente aborrecida.

Esses comportamentos tornam Amalio muito chateado e sentindo-se solitário! Ninguém compartilhou de sua alegria.

Mas uma vez Deus fala ao seu coração e lhe traz recordações de palavras que ele mesmo sempre havia falado aos irmãos na fé, afirmando que nem sempre a vontade de Deus se assemelha à vontade dos homens.

Imbuído desta certeza, Amalio pede a Deus que, se Itapira é realmente a vontade Dele para sua vida, então que a primeira pessoa a perceber isso seja sua esposa.

Em seguida, sua esposa lhe diz que se Deus o chamava para outro lugar, então era bom que fossem logo, porque dura coisa é contrariar Sua vontade.

Ambos entregaram seus problemas seculares ao Pai celestial sabendo que os planos de Deus são perfeitos e não são frustrados e que fazer parte deles é uma benção incomparável.
É bom que se diga que desde este episódio até consumar-se a viagem, durou no mínimo 2 (dois) anos.

A essa altura, a família de Antonio Guidolim havia se mudado para a cidade de Itapira.

Como fruto da amizade profunda nascida na Igreja em Vila Salete, Amalio e mais alguns membros da igreja resolveram visitar o irmão no interior. E num domingo foram para lá em um Fordinho 29 pertencente ao diácono Gesse Albarnaz, que hoje está na glória.

Havia em Itapira, além da família Guidolim, o jovem Idair Cerqueira Leite e a senhora Jacy Cerqueira Pires, e ainda a senhora Noemia Andriote, todos batistas, porém congregando na igreja presbiteriana.

Portanto, começam, então, os preparativos. Amalio volta a São Paulo já decidido, pede demissão do emprego, renuncia a seus cargos na Igreja em Vila Salete, ajunta o que tem e muda-se para Itapira com a esposa Noemi e seus quatro filhos.

Da igreja de São Paulo veio a bênção para o trabalho em Itapira : o apoio do pastor Gióia Martins e alguns bancos daqueles bem rudimentares, sem encosto.

A mudança foi descarregada num sábado, no imóvel que ficava na Rua Joaquim Inácio Silveira. Com euforia, os irmãos que vieram juntos de São Paulo para auxiliar na mudança e mais a família trabalharam para deixar pelo menos a sala arrumada, pois o dia seguinte era domingo, no qual ocorre o primeiro culto da Congregação Batista de Vila Salete, em Itapira.

No domingo pela manhã a sala fica cheia, pois, além dos batistas residentes em Itapira, está presente a família do diácono Octávio Fernandes da Silva, a família de Amalio e também o orador do culto, o diácono Manoel Torres, com seu filho. Após o culto, as crianças foram para o quintal com a professora Iolanda e Amalio ministra a primeira lição da Escola Bíblica Dominical.

Á noite, essas mesmas pessoas, menos o orador da manhã, além de alguns visitantes membros da igreja presbiteriana realizam o culto às 19:30. O orador da noite é o irmão Octávio Fernandes da Silva. Deste momento em diante a congregação passa a ter sua programação em caráter oficial e definitivo.

Nesse meio tempo, além das famílias batistas em Itapira, a congregação havia ganhado a simpatia de algumas pessoas da família Pupo. Oito adultos e mais algumas crianças. Dona Leopoldina, mãe de Noemi Andreotti, havia se convertido junto com seus dois netos e já freqüentavam a igreja. A família Tétsner também freqüentava a igreja. Com visitantes freqüentes, a liderança da igreja constata o fato de que a sala da casa de Amalio já não tem espaço suficiente para abrigar os cultos. Aluga-se então, com autorização da Igreja Batista em Vila Salete, um salão na Rua XV de novembro.

Como emprego nenhum apareceu e com as economias pessoais esgotando, Amalio regressa com a família a São Paulo,após cinco meses vivendo e dirigindo a Congregação Batista em Itapira.
Nesse momento assume o trabalho batista em Itapira o sr. Antonio Guidolim.

Após aproximadamente três anos, Amalio e família retornam a Itapira, começa a vender roupas nas fazendas da região, evitando, desta forma, o problema que o fizera regressar a São Paulo.

Com o desenvolvimento da Congregação, vem a decisão através do pastor Artur, que pede a Amalio que procure uma propriedade e concomitantemente avisa a Igreja Batista em Vila Salete que o povo estava disposto a comprar seu prédio próprio. Amalio encontra uma velha casa na Rua Manuel Pereira, 122. Após a compra, Amalio arregaça as mangas e põe a mão na massa. Executa a adaptação para o templo e constrói ali o batistério.

Em 1965, Amalio retorna a São Paulo, com o objetivo de ajudar a Igreja mãe, que passa por algumas dificuldades e o jovem seminarista Laerte Benvindo passa a auxiliar a igreja em Itapira.

Ao retornar a Itapira, Amalio encontra apenas a família do diácono Joaquim Mendes, dona Angelina, sua filha e dona Leopoldina. Olha para o grupo e propõe o seguinte: "Se nos juntarmos e permaneceremos como igreja seremos quatro famílias para reiniciar o trabalho batista em Itapira: se desistirmos de permanecer, as portas da igreja serão trancadas e retornarei a São Paulo imediatamente".

Os outros membros haviam decidido abrir um novo trabalho num bairro da cidade chamado Vila Ilze, com auxilio da Igreja Batista do Bom Retiro, em Campinas.

Não bastassem todos os problemas, o Pr Artur deixa a Igreja Batista em Vila Salete e com ele sai o Pr. Benvindo. Amalio entende que Deus o quer em Itapira, pois a obra para qual Deus o chamara não era somente a implantação da Igreja Batista, mas, também, uma obra de assistência social que se chamaria SEPIN.

Amalio, por ser um homem fiel, mais uma vez foi usado por Deus e com o auxilio do Pr João Ferreira Martins, pastor da Igreja Batista em Vila Salete e pastor Antoninho decidem pelo não reagrupamento das duas congregações, mas alguns membros retornaram.

No dia 14 de junho de 1974 em culto solene com a presença dos pastores: Pr. André Peticov, Pr. João Ferreira Martins, Pr. Arivaldo Pimentel Lopes e Pr. Manoel de Jesus Thé, foi organizada de congregação à Primeira Igreja Batista em Itapira.

Somos imensamente gratos a Deus pela vida de nosso amado irmão Amalio Mendoza Primo, sua esposa, irmã Noemi, por não terem desistido em cumprir a vontade de Deus que resultou na organização da Primeira Igreja Batista em Itapira . Por isso, como Igreja podemos declarar como o salmista no Salmos 126:3 "Com efeito, grandes coisas fez o Senhor por nós; por isso, estamos alegres".

Fonte: José Antonio Pires de Souza

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