A ausência de chuvas neste mês de janeiro já incomoda muitos produtores rurais. Conforme explicação de Ivo Marcos Peres Faria, engenheiro-chefe da Casa da Agricultura de Itapira, além da falta de água em si, no caso de algumas culturas mais específicas como o milho, o forte calor representa um fator a mais para prejudicar a formação da planta. Eu e minha equipe técnica estivemos visitando algumas propriedades nesta semana e ficamos apreensivos com o aspecto amarelado das folhas”, comentou. Faria disse que muitos produtores já estão falando em quebra de safra.
Conforme explicou, plantas como o milho possuem defesa natural contra a insolação. “O milho utiliza as folhas como forma de se proteger. Quando o calor é excessivo, como tem ocorrido, as folhas ficam esturricadas e o crescimento fica prejudicado”, ensina. Ele avalia que nem mesmo os produtores que fizeram opção pela semente mais resistente estão tranquilos. “A combinação de forte calor com falta de água acaba prejudicando a formação até mesmo de modalidades mais resistentes”, lamentou.
Voltou a chover na cidade após 16 dias secos em pleno mês de janeiro, o mais chuvoso do ano. Até a tarde de quinta-feira, 22, o último registro acima de 1,0 mm havia sido notificado pelo pluviômetro que funciona na ETA (Estação de Tratamento de Água) do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgotos) no dia 06. Até ontem à tarde, no fechamento desta edição, o SAAE tinha registrado cerca de 70 mm de chuva.
Nesta última semana que falta para fechar o mês, caso haja a manutenção da tendência iniciada na quinta-feira - institutos de metereologia preveem mais chuvas para este final de semana - deverá ser alcançada a marca de 126 mm de janeiro do ano passado, menor marca do período em 15 anos de registros, ou seja, nada indica que este ano terá um quadro minimamente melhor do que aconteceu no ano passado.
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